48- Meu último ato heróico.

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Scarllet não dormiu bem aquela manhã. Sentia-se cansada e principalmente, vigiada. As garotas estavam fazendo rondas para ficar de olho nela e em Thomas, se certificando de que eles não voltariam para o Grupo A. Além disso, dormiu segurando a faca, com medo de um possível ataque, ainda mais um vindo de Teresa. Estava extremamente preocupada com Thomas.

De qualquer forma, a noite havia chegado e isso significava que precisavam voltar a caminhar. Thomas e Nick andaram ao seu lado em silêncio. Teresa estava bem mais a frente que o resto, irritada por terem excluído sua opinião sobre o que fazer com Thomas.

- Thomas. - ele a olhou. - Ainda confia em Teresa?

- Não. Acho que não.

- Mas ainda gosta dela, não é?

- É... ainda gosto.

Scarllet parou, sendo acompanhada por Nick e Thomas, que recuaram.

- Se ela fizer mal a você, ou a qualquer um dos garotos, sabe o que eu vou fazer, não é?

- Não quero que ela morra, Scar. Por favor, não a mate. Ela não vai fazer nada comigo, tenho certeza.

- Torça para que ela não tente nada então. - indagou Nick, entrando na conversa. – Eu não ligo para você, Thomas, mas ela ameaçou tentar algo contra a Scar. Se ele realmente tentar, eu não vou pensar duas vezes em matar essa garota. Então torça, reze, faça o que quiser, mas é melhor que ela não tente nada, contra Scar ou contra qualquer clareano.

- Como assim? Ela ameaçou a Scar?

- Quando contamos que não iriamos te matar, ela disse que deveríamos no mínimo te substituir. Substituir você pela Scarllet. Nós brigamos e as meninas ficaram do meu lado. É por isso que ela está toda irritadinha.

Scarllet riu.

- Por que você sempre ri em momentos assim?

- Eu acho engraçado. - eles a olharam confusa. - Essa coisa de vocês me protegendo. No fim, sou eu quem sempre salva a vida de vocês, esqueceram?

- Você não me salvou da última vez.

Scarllet deu um soco no peito de Nick, o fazendo gemer com a dor e cambalear para longe.

- Não brinque com isso, seu mértila.

- Desculpe.

- Nós estamos falando que você corre risco de vida. - exclamou Thomas.

- Olha, sinceramente, eu não tenho medo de morrer. Eu tenho medo de perder pessoas para morte.

- Se você morrer, nós é que perdemos você, Estrela.

- É, é verdade. Bom, pelo visto vocês vão ter que me salvar. - ela deu de ombros.

- Eu te salvo, não se preocupe. Será o meu último ato heróico.

A Primeira - Maze RunnerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora