58- Número 4 e 1.

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De volta ao quarto branco, a cabeça explodindo de tanto chorar. A porta Número 3 havia desaparecido e Scarllet estava jogada no meio do quarto pela segunda vez, por mais que não soubesse como foi que parou ali. Suas mãos ainda estavam com sangue, o que não a deixava esquecer do que acabara de acontecer. Não sabia se o que tinha visto era verdade, mas preferia acreditar que não, por mais real que aquilo parecesse. Minho estava vivo, tinha que estar. Minho, Newt, Nick e todos os clareanos. Ela deitou, encarando o teto e então ouviu uma voz sussurrar em seu ouvido.

Entre na próxima porta.

Se quiser salvar seus amigos, entre na próxima porta.

Por alguns segundos, ela resistiu a tentação. Estava com medo, não queria passar pela próxima porta, não tinha ideia do que a esperava, mas se essa voz estava sussurrando no seu ouvido tinha certeza de que não era algo bom. Levantou, sentindo as pernas bambas e fez força para colocá-las uma na frente da outra e chegar próxima porta.

Número quatro.

Tocou a maçaneta, a mão tremula mal deixou ela segura-la direito. A abriu, e pela segunda vez a luz forte atingiu seu rosto, a obrigando a tampar os olhos. Quando a visão se acostumou com a claridade ela levantou a cabeça. Estava em um corredor mal iluminado e com alguns corpos desconhecidos espalhados pelo chão. Alguns garotos da Clareira estavam parados do lado esquerdo, um deles, um garoto baixo e gorducho com cabelos longos e de cachos segurava a mão de uma garota e Scarllet se assustou ao ver quem era.

Era ela, uma outra versão. Estava limpa, pálida e magra, como se tivesse ficado dias sem comer. Do outro lado dela tinha outro garoto, alto, cabelo castanho escuro. Usava uma blusa azul suja e estava suado. Scarllet sentiu que os conhecia a anos.

Chuck e Thomas.

Os nomes surgiram em sua mente, como uma lembrança que escondida por muito tempo. Ao mesmo tempo outras lembranças de tudo que viveram juntos surgiram, mas Scarllet sentia que faltava uma parte. Onde estavam Thomas e Chuck agora? Ela não se lembrava de onde os viu pela última vez.

A atenção de Scarllet voltou para uma mulher de cabelos loiros na frente da Scarllet verdadeira. Por mais que ela estivesse ali, sabia que não era real, a verdadeira era a que segurava a mão de Chuck e agora tinha os braços segurados por Minho para não atacar a mulher loira.

Gally também estava ali, e com uma cara péssima. Segurava uma faca a frente da própria barriga, como se estivesse pronto para se matar a qualquer momento. Mal teve tempo para assimilar tudo. Gally atirou a faca, mirando em Thomas. Chuck deu um pulo e tudo pareceu estar em câmera lenta. A faca atravessou o corpo do menor, cravando até o punho. Chuck caiu no chão e Thomas o abraçou, aos prantos.

No segundo seguinte, foi como se parte da sua memória tivesse sido apagada. De uma hora pra outra, seja lá o que estivesse acontecendo, tudo mudou. Agora, Gally estava no chão e a outra Scarllet o segurava em seus braços, chorando tanto quando a Scarllet fantasma ao ver toda a cena.

A Primeira - Maze RunnerWhere stories live. Discover now