93 - Não importa o que aconteça.

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Thomas não esperou mais

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Thomas não esperou mais. Agarrou Scarllet pela mão, Minho pelo braço, e os três se encaminharam para a saída, desviando dos corpos no chão e abrindo caminho para o labirinto de mantas. Minho não resistiu e se entregou a um choro sentido, Thomas não se atreveu a olhar para ele. Scarllet não disse uma única palavra, nem mesmo deixou que as lágrimas caíssem. As palavras de Nick ficavam se repetindo em sua cabeça, em um looping infinito que a atormentaria pelo resto da vida.

"O final que deveríamos ter."

Ninguém deveria ter um final como esse. Ela não queria que eles tivessem um final como esse. E a única solução que tinha para que Newt e Nick continuassem vivos, não era aceita por nenhum dos seus amigos. Eles morreriam de qualquer forma, longe dela.

Thomas torceu para que Jorge e Brenda estivessem atrás deles. Continuou indo em frente, cruzando o salão, as portas, rumo à Zona Central, para longe do ambiente caótico provocado pelos Cranks.

Para longe de Newt e Nick. Para longe de dois grandes amigos, e de seus cérebros doentes.

Não havia nem sinal dos guardas que os tinham escoltado até ali, mas havia mais Cranks do que quando tinham entrado no salão de boliche. E a maioria deles parecia aguardar os recém-chegados.

Provavelmente tinham escutado o ruído do Lança-Granadas e os gritos do sujeito que havia sido atingido. Ou talvez alguém tivesse saído para contar a notícia. Fosse como fosse, Thomas sentia como se cada pessoas que o olhasse já houvesse passado pela Insanidade e estivesse faminta por um almoço regado a carne humana.

- Olhem estes idiotas aqui. - alguém gritou.

- É mesmo! Não são uma graça? - outro comentou. - Venham brincar com os Cranks. Ou não querem se juntar a nós?

Thomas continuou andando, agora próximo do arco de entrada da Zona Central. Havia soltado o braço de Minho, mas ainda segurava a mão de Scarllet, com medo de que ela retornasse caso a soltasse. Passaram pela multidão, e, enfim, Thomas não precisou mais encarar o olhar das pessoas. Tudo que vira nele fora loucura e sede de sangue, bem como a inveja estampada em rostos sangrentos e mutilados. Desejava correr, mas tinha sensação que, se o fizesse, toda aquela multidão os atacaria como um bando de lobos.

Chegaram ao arco e o cruzaram sem hesitação. Thomas seguiu à frente, liderando-os, até a rua principal, passando por várias casas dilapidadas. Com saída deles, o tumulto da Zona Central parecia ter recomeçado, e os sons assustadores de risos histéricos e gritos selvagens acompanhavam o grupo em sua jornada. Quanto mais se afastavam do ruído, menos tenso Thomas se sentia. No entanto, ainda não se atrevia a perguntar a Minho como ele estava. Afinal, já sabia a resposta.

Passavam por mais um conjunto de construções em péssimo estado, quando ouviu gritos soando, e em seguida o som de passos.

- Corram! - gritou alguém. - Corram!

A Primeira - Maze RunnerWhere stories live. Discover now