88- Adeus.

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Ele caminhou até ela devagar, os olhos tristes e o nariz vermelho, como se ele tivesse acabado de chorar

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Ele caminhou até ela devagar, os olhos tristes e o nariz vermelho, como se ele tivesse acabado de chorar. Se agachou ao lado da garota, sentando-se no chão com um certo desanimo.

- Scar.

Ele a chamou, a voz baixa e calma, mas um pouco emaranhada, segurando o choro. Thomas a soltou, dobrando as pernas e apoiando os braços sobre ela. A cabeça pendendo para trás até encostar na cabeceira de ferro da cama atrás dele. Scarllet levantou o rosto, virando-se para Minho, que no mesmo instante passou o polegar em suas bochechas, secando o rosto da namorada. Ele mordeu os lábios, semicerrando os olhos como se pensasse de que forma diria a ela o que precisava.

- Eles partiram.

Ele sussurrou, baixo. Dizer aquelas palavras em voz alta faziam as coisas se tornarem mais reais. Scarllet levantou o bilhete que Nick deixou, esticando para Minho, que franziu as sobrancelhas, confuso. Depois, ergueu o bilhete em sua mão, o que Newt deixara, e entregou a ela. O rosto de Scarllet se tornou ainda mais triste. Scarllet leu o papel, escrito com uma caneta hidrográfica preta:

Eles deram um jeito de entrar aqui. Estão nos levando para viver com os outros Cranks.

É o melhor mesmo.
Obrigado pela amizade de vocês.

Adeus.

- Newt... - Scarllet sussurrou. O nome do amigo reverberou no ar como uma sentença de morte.

- Ele deixou isso. - Minho abriu a outra mão, deixando amostra o cordão de Newt, que Scarllet ainda não tinha visto. - O cordão de que falaram. Acho que é para você.

Scarllet demorou a assumir coragem para pegar o cordão na mão de Minho. Suas mãos ainda tremiam, não importava o quanto ela mandasse pararem.

- Ainda estou aqui, Scar. - Minho sussurrou, a cabeça baixa. - Sei que não posso substitui-los, mas ainda estou aqui. Então, por favor, não me deixe.

Logo todos estavam sentados juntos. O objetivo era conversar sobre o próximo passo a ser seguido, mas a realidade era que não tinham nada para dizer. Os cinco apenas olhavam para o chão, nenhuma palavra a ser dita.

Por alguma razão, Thomas não conseguia tirar Janson da cabeça. Será que voltar seria mesmo um modo de salvar Newt? Cada parte dele se rebelava contra a ideia de retornar ao CRUEL, mas, se voltasse e conseguisse completar o Experimento...

Minho rompeu o pesado silencio:

- Quero que os quatro me escutem. - parou por uma momento para olhar cada um deles, depois prosseguiu. - Desde que fugimos do CRUEL, tenho seguido qualquer idiotice que vocês têm me pedido para fazer. Sem me queixar. Pelo menos, não tanto. - lançou um sorriso amargo para Thomas. - Mas, aqui e agora, estou tomando uma decisão, e terão que fazer o que eu disser. Se alguém recusar, que vá para o inferno.

A Primeira - Maze RunnerWhere stories live. Discover now