- Um movimento em falso, e balas começarão a voar. - avisou o mesmo homem que abriu a porta. - Como eu disse, não temos nada a perder. E posso pensar em várias outras coisas piores que um mundo com um ou dois Privilegiados a menos.
Scarllet subiu no banco traseiro da van logo atrás de Thomas. Minho ficou ao lado da garota, a mão segurando a dela com tanta firmeza que ela tinha a sensação de que o garoto não a soltaria, nem se sua vida dependesse disso.
- Quem ta pagando vocês para sequestrarem Imunes? - perguntou Thomas.
Ninguém respondeu.
Os três que os tinham aguardado na saída do Berg entraram na van e fecharam as portas.
Depois, apontaram as armas para eles.
- Há capuzes pretos aí no canto. - instruiu o sujeito que aparentemente liderava o grupo. - Vistam-nos. E já adianto que não vou gostar nada de ver algum de vocês espiando pelo caminho. Gostamos de manter nossos segredos bem guardados.
Scarllet e Minho tiveram que soltar as mãos para por os capuzes, mas não demoraram muito para entrelaçarem os dedos novamente. A escuridão os envolveu, enquanto a van se colocava em movimento, o ronco do motor se impondo ao partir.
Foi uma corrida tranquila, mas pareceu durar uma eternidade. E tanto tempo livre para pensar sobre aquela situação não era exatamente o que Scarllet precisava.
Quando por fim pararam, pode sentir o indício da sua dor de cabeça, que sempre aparecia em momentos incrivelmente ruins.
A porta lateral da van foi aberta, e Thomas ergueu o braço em um gesto instintivo para tirar o capuz.
- Não faça isso. - disse o sujeito que estava no comando. - Não ousem tirar o capuz até darmos a ordem para fazê-lo. Agora, saiam com calma. E façam o favor de se manterem vivos.- Com certeza, você é um valentão de mértila. - disse Minho. - É fácil agir assim quando se está cercado por pessoas armadas. Por que vocês não...
A fala foi interrompida pelo ruído de um soco, seguido de um gemido alto. A mão de Scarllet foi puxada com brutalidade para trás, por causa do recuo de Minho após ser atingido.
Ela segurou seu braço, o ajudando a se manter totalmente de pé de novo.
- Mais uma palavra e sua namorada sofrerá as consequências pelos seus atos.
- Eu te mato. Juro que eu te mato.
- Já chega, Minho! - Scarllet gritou, o calando antes de levar um soco do mesmo sujeito que atingiu Minho.
Eles foram conduzidos por uma série de degraus descendente e depois ao longo de um corredor. Detiveram-se em certo momento, e pode ouvir o ruído de um cartão-chave, o dique de uma fechadura e depois o rangido de uma porta se abrindo. Um burburinho de vozes abafadas invadiu o ar de imediato, como se várias pessoas os esperassem lá dentro.
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A Primeira - Maze Runner
ActionComo todo mês, à três anos, um novo garoto é enviado ao Labirinto junto dos suprimentos. Mas como Newt disse uma vez, alguém teve que vir primeiro, e esse alguém foi Scarllet. A primeira pessoa a chegar na Clareira. A primeira a sobreviver a uma no...