Como todo mês, à três anos, um novo garoto é enviado ao Labirinto junto dos suprimentos. Mas como Newt disse uma vez, alguém teve que vir primeiro, e esse alguém foi Scarllet.
A primeira pessoa a chegar na Clareira. A primeira a sobreviver a uma no...
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Abriu os olhos devagar, sentindo-se tonta. Por algum motivo, achou estranho não ter acordado de baixo do Sol, como se aquilo tivesse se tornado algo normal, mas não se lembrava o porquê.
Esfregou as mãos no rosto e se espreguiçou. Seus pés tocaram o chão, uma sensação estranha, era duro e... marrom. Madeira.
Por que estava tão surpresa?
A casa na árvore era completamente de madeira.
Por que esperava por algo mais... Macio?
A tábua rangeu e o barulho ecoou por todo o quarto. Scarllet resmungou, aquele barulho a deixava irritada todas as manhãs. Guardou um bilhete mentalmente; “pedir para Gally consertar a tabua barulhenta”.
Calçou o tênis seminovo e desceu as escadas, dando de cara com Minho a sua espera. Ele estava normal, como todas as manhãs antes de entrarem no Labirinto. Braços cruzados, sobrancelhas erguidas e um sorriso no canto da boca, parecia estar pensando em algo para conseguir irrita-la logo de manhã. E, como em todas as manhãs que seus olhos se encontravam com os dela, Scarllet sentiu o coração aquecer e as borboletas acordarem.
— Bom dia, flor do dia.
— Bom dia, cabeça de plong. – ela passou direto por ele.
— O seu humor de manhã é contagiante. – o garoto colocou o braço em volta do seu pescoço e a puxou para perto. – Vai fazer dupla comigo ou com Nick hoje?
— Nick. – ele se afastou.
— Nunca me senti tão traído.
— Estou brincando. Nick não vai entrar no Labirinto hoje, acho que vai ajudar Newt na plantação.
— Está me dizendo que se ele não fosse ajudar Newt você iria com ele?
— É. – ela deu de ombros, rindo da careta de Minho.
— Bom dia, pombinhos. Minho, se importa se eu roubar sua namorada um pouquinho?
— Só por cinco minutos, cara. Ainda não terminamos nossa discussão matinal.
— Há, há. Como vocês dois são engraçados.
— Vou preparar as coisas que vamos levar ao Labirinto. Te espero no Portão Oeste. – Minho se despediu com um beijo em sua bochecha, a deixando vermelha.
— Que lindos.
— Cala a boca, Gally.
— Ei, relaxe aí, bravinha. Não tenho culpa se vocês formam um belo casal.
— Concordo com ele. – Alby entrou na conversa. – Ainda não sei como esse namoro está demorando tanto para sair. Gally, depois mande alguém para consertar o curral dos porcos.
