Como todo mês, à três anos, um novo garoto é enviado ao Labirinto junto dos suprimentos. Mas como Newt disse uma vez, alguém teve que vir primeiro, e esse alguém foi Scarllet.
A primeira pessoa a chegar na Clareira. A primeira a sobreviver a uma no...
Se preparem para um dos capítulos mais tristes da fanfic.
Não pago terapia.
Ps: o próximo é pior.
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Enfim, Scarllet e Minho se levantaram e foram sentar em um dos assentos da área comum, junto de Thomas, enquanto Brenda fazia companhia a Jorge na cabine do piloto. Scarllet fez o possível para distrair a mente, mas não importava o que fizesse, tudo terminava com uma lembrança deles.
Minho se manifestou, a voz sem vida:
— Por que eles fizeram isso? Por que não voltaram conosco? Por que Newt apontou aquela arma para o meu rosto?
— Newt jamais teria puxado o gatilho. – disse Thomas, embora não tivesse certeza do que dizia.
Minho sacudiu a cabeça.
— Você viu como os olhos dele mudaram. Era o olhar de um lunático completo. Eu estaria numa pela encrenca se continuasse insistindo. Ele está louco, cara. Doido de pedra.
— Talvez seja melhor.
— Como assim? – perguntou Scarllet, enquanto se virava para encarar Thomas.
— Talvez, quando a mente se vá, eles não sejam mais eles mesmo. Talvez o Newt que conhecemos tenha ido embora e não esteja consciente do que está acontecendo com ele. Então, na verdade, está sofrendo como nós.
Scarllet sabia que aquilo não era verdade, mas tinha medo de dizer o que pensava. Se dissesse o que viu, o que conseguiu ver, magoaria Minho?
— Bela tentativa, seu idiota, mas não acredito nisso. – disse o garoto, ofendido com a ideia de Thomas. – Acho que ele estará sempre ali, gritando por dentro, demente e sofrendo a cada segundo de mértila. Tão atormentado quanto um cara que é enterrado vivo.
Essa imagem desencorajou qualquer outra palavra de Thomas, e caíram novamente em silencio. Scarllet tomou coragem, e finalmente disse, assumindo toda a verdade.
— Ainda era ele. – ela afirmou, atraindo os olhares que estavam perdidos no chão. – Era Newt, não o Fulgor. Quer dizer, não completamente. – ela virou-se para Minho. – O Newt, não teria apertado o gatilho. Ele estava lá, perdido em algum lugar entre certos momentos daquela conversa. Eu o vi. Era ele. Newt estava se controlando... controlando o Fulgor, pra não atirar em você. Nosso Newt não atiraria.
— Não sei se consigo acreditar nisso. – Minho murmurou. – Mas Nick ainda parecia bem. No início, achei que tivesse alguma chance de ele voltar, mas... quando ele gritou com você, vi que o Fulgor também estava o deixando louco.
Scarllet balançou a cabeça, negando. Queria não conhecer Nick bem o suficiente para saber quando ele estava mentindo.
— Não foi o Fulgor. – ela afirmou, as palavras saindo como se espetassem sua garganta.
