64 - Garotos Rebeldes.

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As garotas seguiram as instruções do Homem-Rato, que designou os pacientes às camas, enquanto o quarteto de garotos recuava lentamente

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As garotas seguiram as instruções do Homem-Rato, que designou os pacientes às camas, enquanto o quarteto de garotos recuava lentamente. Minho segurou a mão de Scarllet, a puxando junto deles para que ela também começasse a se afastar, já que a garota tinha os pés fixos no chão, enquanto olhava para uma das camas vazias apreensiva. Acabara de desistir da única chance de relembrar da sua família. Assim que o Homem-Rato percebeu que Scarllet não estava mais ao seu lado, lançou um olhar rígido para trás, fazendo os meninos paralisarem com seu aviso repentino.

- Ei, garotos rebeldes, não se esqueçam de que estão sob vigilância. Nem pensem em tentar nada. Basta uma ordem nossa, e guardas armados estarão no encalço de vocês em um segundo.

- Isso tudo é um monte de plong. - murmurou Minho, enquanto Janson voltava a atenção para as garotas. - Acho que deveríamos aproveitar esta oportunidade, só para ver o que acontece.

Thomas não teve tempo de responder. Do corredor veio sons de passos apressados. Três homens e duas mulheres irromperam aposento adentro, todos vestidos de preto, com utensílios amarrados as costas - cordas, ferramentas, munições. Os cinco portavam armas volumosas. A mente de Scarllet vagou pela ideia de levar um tiro, seja lá que tipo de munição aquelas armas usavam, pareciam ser bem mais dolorosas do que a bala enferrujada que Thomas quase levou no Deserto. Agora, com toda certeza, a ideia de fugir teria de ser descartada.

- Esperamos tempo demais. - murmurou Newt, nada simpático.

- Teriam nos capturado lá fora, de qualquer jeito. - respondeu Thomas, os lábios quase não se mexiam. - Tenha paciência.

Janson se aproximou dos guardas e apontou para uma das armas.

- São Lança Granadas. Os guardas não hesitarão em dispara-los se qualquer um de você me causar problemas. Estas armas não matam, mas confiem em mim quando digo que vão lhes proporcionar os cinco minutos mais desconfortáveis de toda a sua vida.

- Que tipo de papo é este? - perguntou Thomas - Você acabou de nos dizer que poderíamos fazer nossa escolha. Por que então as armas?

- Porquê não confio em vocês. Esperávamos que fizessem as coisas voluntariamente quando a memória voltasse. Facilitaria muito as coisas. Mas jamais dissemos que não precisaríamos mais de você.

- Oh, estou surpreso! - falou Minho. - Mentiu de novo.

- Não menti sobre nada. Vocês tomaram uma decisão, agora aguentem as consequências. - Janson olhou para Scarllet. - Guardas, escoltem Thomas e os outros até o dormitório, onde terão tempo para pensar na decisão que tomaram, até os testes de amanhã de manhã. Usem a força que for necessária. Scarllet, - ele fez uma pausa, esperando que a garota se concentrasse cem porcento nele, o que não era possível, já que ela não queria prestar atenção nele. - Ainda pode mudar de ideia. Não deveria deixar ser influenciada por eles. Sei, mais do que ninguém, que quer se lembrar de Gally.

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