Capítulo 11. Dançando com o futuro rei

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Pelas grandes janelas do palácio dava para ver a lua, Amélia a observava enquanto seus irmãos conversavam, ela sentiu falta de seu pai e do som do mar. A nostalgia da jovem foi notada pela sua família, todos tentaram a animar, eles dançaram com ela.

Arthur fez questão de expulsar a maioria dos homens que se aproximavam de Amélia, tirando o filho de um ministro que Felipe não deixou, grandes planos ele sussurrou para Arthur.

Durante a dança o rapaz manteve uma distância segura de Amélia, para não ser morto por Arthur.

— Seu irmão é bravo. — O rapaz de cabelos loiros ultra claros disse para Amélia.

— Qual deles?

— O de barba e cara emburrada.

— Arthur? Ah sim, ele costuma bater nas pessoas com facilidade — Amélia colocou um sorriso debochado em sua face.

— Eu sou o Inácio a propósito. Você não perguntou meu nome.

— É que não queria saber seu nome. — O rapaz ficou constrangido pelo fora que tomou de Amélia, sua face ruborizou.

Nicolas os encarava eles do trono, ele observava onde a mão de Inácio estava, segurando a cintura de Amélia, desejou cortar a mão do filho do secretário, estava com ciúmes e vontade de matá-lo. Nicolas mexia o pé nervosamente, ansioso para a música parar.

Quando a música parou e Inácio se afastou constrangido, os irmãos de Amélia riram ao ver que ela conseguiu expulsar o pretendente.

Olavo se aproximou de Amélia, ele tinha um ar de confiança digno de sua posição de realeza até maior que o de Nicolas, ele tomou a mão de Amélia para dançar, apesar da diferença de altura Amélia se divertiu com o pequeno príncipe, sua atitude precoce era graciosa.

Antes de Olavo tentar outra dança, Arthur se aproximou deles, ele achava a atitude do menino ousada, como era difícil ver aquela pequena bola rosa de cabelos escuros cortejando sua irmã, ele parecia pior que os homens adultos.

— Meu irmão a cada dia que passa você está mais ciumento.

— Acho que estou um pouco menos paciente ultimamente, não vejo ninguém digno de você, nem sequer esse rei.

Arthur olhou para Nicolas em seu trono, ele não havia gostado da situação. O futuro rei anda grudado em uma mulher com roupas provocantes e um N estampado em seu peito. Aquela situação fazia ele querer pular em sua jugular, no momento que esse homem tocasse sua irmã ele o mataria com suas próprias mãos.

Nicolas observava Amélia dançando com o seu irmão, ele deveria estar contando alguma piada para ela, pois Amélia ria.

— Filho — A rainha Elizabeth estendeu sua mão, Nicolas a segurou e eles foram dançar pelo salão.

A rainha sentiu a inquietude de Nicolas, seu filho havia lhe confidenciado sua confusão de emoções, ele pensava que talvez Amélia fosse uma moça adequada ao casamento, mais Dominique o torturava com suas emoções e choro, seu ciúmes infundado, por muitas vezes a moça o fazia se sentir culpado e a culpa é um sentimento horrível.

— Filho — A rainha sorriu para Nicolas — Porque não chamou Amélia para dançar? Jogue um osso para seus ministros. — Elizabeth fingiu se tratar de uma estratégia política, mas ele parecia desejar isso.

— Não sei minha mãe. — os olhos questionadores da rainha caíram sobre ele — Dominique me mataria, eu estou tão cansado de nossas brigas, sem contar que o irmão dela é assustador.

— Está na hora de você conversar com Dominique, sem contar que eles são seus súditos, por qual razão eles te matariam?

— Estou preferindo evitar o confronto, qualquer que seja.

Reino de NavieWhere stories live. Discover now