Capítulo 17. Ataque Pirata

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Nicolas tentou conversar com Dominique, mas ela apenas gritava com ele.

— Eu não acredito que você fará isso comigo — Dominique partiu para cima de Nicolas, ela dava socos em seu braço — Você não pode.

— Dominique fique calma — Nicolas cobriu seu rosto com o braço tentando fugir da fúria de Dominique, não que ela fosse capaz de machucá-lo já que não tinha força. — Apenas estou sofrendo pressão dos ministros, você sempre soube que tenho obrigações como rei.

— Eu me mato, Nicolas — Dominique se jogou no chão e começou a chorar — eu vou tirar minha vida, não posso viver sem você.

— Não diga isso. — Nicolas se abaixou e tentou segurar ela, mas a moça estava fora de controle.

Dominique chorava e esperneava como uma criança, Nicolas ficou ao seu lado tentando acalmá-la, o que demorou muito tempo.

Ele conseguiu sair do lado dela quando sua mãe chegou e pediu para falar com a moça. Sentiu um alívio instantâneo, como se pudesse respirar novamente agora que estava longe dela.

Nicolas se afastou da cena, estava cansado das ameaças e surtos de Dominique sua última reunião com homens do governo foi difícil, a corte perdeu guardas para tropa de Amélia, havia muitos desertores e pelos cálculos do general James na propriedade da família já havia quase duzentas pessoas acampando.

As alegações de Felipe era que as pessoas acampadas eram para proteção de Amélia, seria sua tropa se tornasse rainha. Era tentador a todos os homens do governo, fora a quantidade de ouro que eles prometeram à coroa.

Felipe era um homem esperto, com suas grandes farras em tabernas havia conquistado muitos dos ministros, além de ter servos dentro da corte que já haviam recebido presentes da família de Amélia.

Nicolas não sabia ainda se a jovem desejava se tornar sua esposa, mas ele pensava que talvez existisse a possibilidade de Amélia casar obrigada, isso o deixava preocupado, não desejava que tivesse um casamento por obrigação e se tornasse uma pessoa infeliz. Ele estava simplesmente apaixonado pelo sorriso de Amélia e não gostaria de vê-la triste.

Ele passou um bom tempo lendo os relatos de seu pai, sobre a emoção dele e de sua mãe quando ela ficou grávida e quando o príncipe nasceu o reino comemorou por dias.

Após ter lido tantos relatos de seu pai, ele pensou em Amélia, no momento que estavam juntos no jardim em como se sentiu em paz ao lado da moça todos os desejos que ele precisou reprimir próximo dela, como foi tocar em sua mão. Nicolas sentiu seu corpo se encher de adrenalina, ele fechou os olhos e a única coisa que via era Amélia com seus cabelos ao vento sorrindo pra ele.

— Nic — A voz de Olavo tirou Nicolas de seu sonho com a moça, o menino pulava na cama do príncipe. — Nic, vamos atirar com arco e flecha.

Antes que Nicolas pudesse aceitar ou recusar, o rapaz foi puxado pelo irmão para fora do quarto.

Eles atiravam nos alvos como era o desejo do pequeno Olavo, o menino aproveitou para contar ao seu irmão os fatos da corte, ele disse ao futuro rei que Amélia não saia mais de seus aposentos sem seus irmãos ou guardas, que a moça tinha sido atacada por um vaso que "acidentalmente" caiu da janela e que também quase foi atropelada por um cavalo arisco que foi solto

A rainha Elizabeth já havia comentado dos acidentes e acreditava que todos eles eram culpa de Dominique, na verdade para todos estava claro que ela estava fora de controle. Nicolas estava triste por pensar que não sabia julgar caráter.

Nicolas viu a aproximação de Amélia e ficou empolgado a moça estava acompanhada de um de seus guardas e parecia muito serena.

— Vossa Altezas — Amélia se curvou para cumprimenta-los.

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