Capítulo 27. Tropas de Amélia, a aposta.

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Amélia estava correndo pela campina com as crianças, eles brincavam com uma bola, quando se cansou sentou na grama baixa que tinha a sua volta, ela não tinha mais o mesmo fôlego de antes pelo visto ou eles estavam muito animados.

Maria se sentou ao lado de Amélia, ela tinha um sorriso arteiro em seus lábios e sua mente inquieta tinha um plano.

— Vamos ver os Joãos? — Maria se referia a João Lucas e João Luís, diziam que Lucas teve um relacionamento rápido com a mãe de Maria em uma noite fria de carência — Eles vieram com você e eu nunca mais os vi.

A menina parecia chateada, Amélia concordou com Maria sem saber para onde elas iam. Ela segurou sua mão de forma inocente, ela não sabia que Maria iria arrastar ela para os campos de treinamento proibido, o rosto inocente de Maria era fofo e sabia que com Amélia ninguém iria a mandar ela embora como Luis e Lucas tinham feito anteriormente.

Amélia começou a observar para onde estava sendo guiada, só tinha homens ali e os homens ela sequer reconhecia. Maria estava adorando ver tudo, ela observou João Lucas conversando com alguns homens diferentes enquanto outros aprendiam a lançar as adagas.

Após ver um rosto que tinha uma cicatriz muito específica, Amélia percebeu o lugar que estava, era o campo que Arthur falou onde eles estavam tentando colocar os desertores da Nicolas na linha, a maioria deles estavam com raiva dos monarcas.

— Amélia — Lucas a encarou abismado, ele sabia com as intenções de casar com Nicolas talvez aquele não fosse o melhor lugar para ela, seus irmãos não deixariam ela ou Nicolas se aproximar dali. — Maria, se sua mãe te pegar aqui.

Maria correu para longe deixando Amélia sozinha, a menina apenas queria ver os novos moradores do acampamento e poderia ter causado um problema.

Lucas olhou para Amélia, seu coração quase parou, ela estava linda. O rapaz sempre nutriu uma paixão por ela, parecia ser a única a não notar a situação.

Porém os olhos grandes para a moça não foram apenas de Lucas e sim de todos os homens, visto que as curvas dela eram chamativas.

Ele caminhou até Amélia rapidamente, ela sorriu pra ele da forma gentil que estava acostumada, aquele sorriso o fazia derreter. O guarda se posicionou em frente a ela tampando a visão dos homens da tropa.

— Você não deveria estar aqui — Ele sussurrou.

Amélia não tinha medo do perigo, ela apenas passou por João Lucas e o ignorou, ela se aproximou dos homens que olhavam com curiosidade.

Normalmente as pessoas tinham medo dos guardas ou os olhavam como se não fosse nada, porém, Amélia era diferente das moças que conheceram.

— Estão treinando? — Ela perguntou olhando para os homens com adagas na mão que tentavam a todo custo acertar o centro.

Ela sorriu vendo os erros, aqueles grandes homens não levavam jeito, ela poderia derrubar um por um.

Lucas estava ao lado de Amélia, ele via a forma gentil que ela olhava aos homens, ela tinha um charme inocente capaz de derreter montanhas de gelo. Ao ver o olhar de civilidade deles para ela, seu corpo conseguiu relaxar.

Amélia era como uma nereida que encantava os homens com sua doçura, nem ele conseguiu se livrar deste encantamento.

— Os novatos estão se rendendo às facas, mas eles não são bons — Lucas observou os tentando acertar e riu.

O rapaz era muito respeitado pelos homens apesar de ser mais jovem que a maioria. O rosto de alguns deles tinham marcas roxas, mostrando que tinham tentado enfrentar Lucas ou Arthur na luta corporal;

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