Capítulo 20. Em família

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A previsão da chegada do pai de Amélia seria hoje, ele ficaria na corte com a moça, ela mesma disse que iria o convencer. Amélia estava parada entre Nicolas e Olavo. Nicolas sorria ao ver a agitação dela.

Quando a carruagem parou, ela simplesmente correu deixando a família real para trás. Quando Laerte saiu da carruagem, Amélia pulou em cima dele o abraçando forte.

Nicolas observou o pai de Amélia, suas vestes arrumadas pareciam um homem nobre, mas sua pele mostrava que se tratava de um trabalhador, sua cor era queimada do sol, seus cabelos e barbas eram brancos. Ele tinha algumas rugas porém nada era muito marcado.

— Papai — Amélia o abraçou fortemente.

— Minha Amélia, como você fez falta ao seu pai. — ele apertava Amélia em seus braços, sua menina, seu tesouro. Os seus olhos encheram de lágrimas

— Papai — Amélia sorriu para seu pai e secou as lágrimas do rosto dele.

— Não ligue, estou ficando um velho emotivo. — Ele beijou a testa de Amélia e sorriu.

— Pedro — Amélia o abraçou com o mesmo carinho que seu pai.

— Minha pirralha — Pedro beijou a testa dela — Como está linda, meu anjo.

— Vocês fazem tudo torto — Catarina os repreendeu — Primeiro se cumprimenta o rei e a rainha.

— Eu senti sua falta Catarina — ela abraçou Catarina como uma irmã

Os três caminharam até a família real, todos se curvaram e trocaram cumprimentos.

Nicolas foi gentil com todos como era de costume, Catarina estava com o braço entrelaçado aos de Amélia, a moça havia reparado a forma que Nicolas olhava para Amélia com os olhos apaixonados

— Quero saber tudo que aconteceu aqui. — Catarina falou em voz baixa.

— Irei contar, prometo. — olhou para trás, Nicolas estava olhando pra ela discretamente.

Amélia mal dormiu depois de voltar pro quarto, ficou pensando em seu beijo com Nicolas, ela era uma donzela mas sentia desejos por ele, desejos que uma mulher sente por um homem.

— Eu trouxe alguns vestidos novos. — Catarina disse pra Amélia animada.

— Alguns? — Pedro disse espantado. Era um eufemismo, Catarina havia comprado uma dúzia de vestidos novos para Amélia com a autorização de Laerte.

— Sim, poderia trazer mais. Meu sogro disse que Amélia devia parecer uma princesa e eu trouxe vestidos para isso.

— Papai anda mimando a Catarina com a sua partida. Já conversamos sobre isso, não é mesmo?

Pedro repreendeu seu pai, apesar de ficar feliz com a forma que Laerte tratava Catarina ele não gostava de exageros, gostava de viver de forma simples. Sua esposa não pedia presentes mas também não os recusava e muito dos vestidos após duas vezes de uso ela dava para sua família, Pedro não gostava, já que a família de Catarina poderia abusar um pouco dos bons sentimentos de Catarina.

— Apenas presentes para minhas meninas — Laerte abraçou Amélia e Catarina.

— Bom você precisa ver o vestido azul que eu trouxe, sei que você gosta muito de azul — Catarina disse empolgada.

— Sim, eu gosto.

— Vocês mulheres e suas roupas — Nicolas sorriu para entrar na conversa de forma graciosa — Separamos aposentos próximos para todos vocês. O do senhor ficará ao lado de Amélia. O de vocês também — Nicolas sorriu para Pedro e Catarina.

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