Capítulo 28. Anúncio de Casamento

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A noite surgiu no acampamento, as estrelas estavam altas e a lua estava cheia. Amélia acabou vencendo seus irmãos pelo cansaço e que deixaram ela ficar nas tendas como Arthur, Felipe e Marcelo.

Nicolas disse que ficaria onde Amélia estivesse. Apesar de Pedro não ter gostado da ideia, ele ficou junto com as tropas. Mesmo sabendo era um lugar seguro, Pedro estava preocupado como isso chegaria aos ouvidos da rainha bem como dos ministros.

O futuro rei estava sentado em volta da grande mesa de madeira, Arthur estava ao seu lado, ele observava Amélia e as crianças cantando e dançando em volta da grande fogueira.

— Como foi seu dia, Vossa Alteza? — Arthur perguntou se estava sentado ao lado de Nicolas e ele parecia completamente distraído olhando para Amélia.

— Um dia poderei fazer parte da vida dela? — Os olhos de Nicolas não saiam da jovem com cabelos ao vento.

— Como assim?

— Ela e o guarda, eles pareciam tão à vontade com suas piadas internas — Nicolas sentiu um aperto em seu peito — Não quero ser apenas uma figura na vida de Amélia. Desejo que compartilhemos tudo.

Era impossível não notar os olhos do guarda para Amélia, eles eram cheios de amor e desejo e eles pareciam ter uma linguagem própria que Nicolas não conhecia.

— Vossa Alteza não sei o que te dizer.

— Me chame de Nicolas, por favor.

— Nicolas — Arthur falou como se tentasse entender como isso soava pra ele — Amélia passou por muitas coisas, nós passamos. Ela se refez neste estado, um dia você fará parte da vida dela, deixa-a fazer parte da sua também.

— Amélia me contou. — Arthur olhou para Nicolas, seu peito se apertou de preocupação — O que aconteceu na terra de vocês. Até como ela foi perseguida, como ela foi.... — Nicolas sentiu um fel em sua boca ao lembrar do que Amélia te contou — atacada e você a salvou.

— Prefiro não me recordar dos dias sombrios. — Arthur se sentiu confuso, se lembrou do ataque de Amélia e como ela fez ele jurar que não contaria a ninguém e havia contado para Nicolas.

— Lamento tanto por isso, se eu pudesse mataria esse homem.

— Todos pensamos nisso, ele era um homem do governo, assim como os seus ministros são. Amélia era perseguida não só por aquele homem, como por cidadãos comuns.

— isso eu não sabia.

— Nicolas, um dia você saberá de tudo. Ela contou coisas pra você que pensei que nunca faria.

Nicolas e Arthur observavam Amélia dançar e rir, Arthur agora sabia que ele era o escolhido de sua irmã, contar sobre aquele fato era a maior prova de confiança que ela podia demonstrar.

— Você tem a nossa lealdade, Vossa Alteza. Você e ela, apenas — Arthur completou.

— Eu agradeço.

Nicolas sabia que Arthur falava de outras pessoas de seu governo, mas preferiu não pensar nisso agora.

Amélia se sentou ao lado de Nicolas, ela cheirava a fumaça e tinha fuligem em sua pele suada.

— Se Catarina te ver agora... Morreria de desgosto — Arthur sorriu pra irmã.

— Vou me lavar, já volto.

Amélia entrou na tenda, lavou-se em uma bacia para tirar o cheiro de queimado, ela se olhou no espelho, arrumou seus cabelos que estavam desgrenhados. Saiu da tenda e se sentou ao lado de Nicolas.

— Vamos passear? — Nicolas se levantou e sorriu — Ver as estrelas na campina — ele se virou para Arthur — Podemos?

— Sim — Arthur pareceu feliz com o pedido de Nicolas, ele havia acertado agora.

Reino de NavieWhere stories live. Discover now