Capítulo 14. Para o futuro rei

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Nicolas foi seguido por Olavo até seus aposentos, o pequeno tagarela havia feito um número bem grande de perguntas.

Ele se despediu do irmão quando chegou no quarto e o colocou pra fora.

Ao se sentar em sua poltrona um sorriso bobo surgiu em seus lábios, ele se lembrou de Amélia, a imagem dela andando lhe causava excitação, o cheiro dela fazia sua boca encher de água e seu toque o fazia arrepiar.

A rainha entrou nos aposentos de Nicolas, ele não notou sua presença, o sorriso de Nicolas fez o coração da rainha se apertar, seu filho estava feliz, como ela iria explicar o escândalo que Dominique fez? Aquilo foi vergonhoso.

— Como foi sua caçada?

— Ótima, minha mãe. Amélia é uma moça doce e gentil, acho que ela se destaca pela sua ótima personalidade.

Enquanto Nicolas tecia elogios intermináveis a Amélia, um sorriso surgia em seus lábios. Tudo o atraía nela suas pernas, sua boca, seus cabelos, seu sorriso, sua gentileza

O futuro rei estava apaixonado apenas não tinha notado.

— Pensa em se casar com ela?

— Não disse isso, o pai de Dominique deve responder sobre o dote.

Isso não deixava de ser verdade, Nicolas esperava a resposta do esposo de Catarina e se iria pagar o dote de Dominique, além de precisar de autorizações para se casar com Dominique já que a jovem ainda não estava em idade.

O futuro rei não sabia o que sentir em relação a isso, apesar de os momentos com a Amélia serem incríveis ele sentia que tinha uma responsabilidade com Dominique.

— Eu tenho um presente para você — A rainha caminhou até Nicolas e entregou alguns cadernos — são diários do seu pai, da época da coroação. Pode te ajudar, e escreva para os seus filhos também para que eles tenham o que consultar. Talvez seu pai tenha resposta para o seu dilema. E sobre a família de Dominique, eles não têm condições de pagar seu dote, nem sequer metade do que pedimos. O marido de Catarina não irá pagar, já que a moça não está na idade de casar.

— Dominique tem me assustado ultimamente. Ela anda possessiva, estranha e faz com que eu me sinta culpado por tudo. Sem contar os comentários maldosos que faz sobre Amélia, a moça nem responde.

Nicolas se sentia confuso em relação a isso, por muitas vezes Dominique ataca Amélia com palavras, Olavo disse que viu ela expulsar Amélia da biblioteca o que o deixava com raiva.

— Hoje ela está ainda pior.

— Como assim? — Nicolas olhou para sua mãe confuso.

— Na corte só se comenta da sua entrada no quarto da Amélia e seus gritos pelos corredores.

— Que exagero, não foram gritos só queria falar com ela. — Nicolas tenta fingir que a história tinha sido aumentada. Ele sabia que existia plausibilidade dos comentários dos servos, até ele se incomodou com sua própria cena.

— Aí você sai no dia seguinte e passa o dia todo fora com ela

— E o irmão dela — ele completa

— Dominique está brava. Eu a acalmei e expliquei a situação, mas creio eu que ela esteja chateada pela carta do pai e pelo casamento de vocês está cada vez mais longe. Deixe ela quieta por enquanto, ela precisa pôr a cabeça no lugar.

Nicolas não respondeu, tudo que ele tem feito é tentar acalmar a moça porém não conseguia mais e estava tão cansado de discussões.

Ele tinha um dever com seu povo e seu reino e esse era maior que qualquer outro. A rainha saiu do quarto dele, que no impulso se sentou para ler o que seu pai tinha a dizer.

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