Capítulo 35. Reuniões privadas

1.2K 113 144
                                    

Nicolas, Pedro e Felipe saíram dos aposentos de Amélia. Nicolas queria estar ao lado dela, mas neste momento ele precisava resolver essa situação.

Ele tentava inutilmente não se culpar por tudo, ele não era responsável pela chegada daquele homem, se sentia culpado pelas atitudes de Dominique. Era como Catarina, mesmo sem intenção ele foi responsável pelo sofrimento de Amélia..

Todos tinham em seus rostos uma genuína preocupação, não só por Amélia mas pela presença de Eurípedes em Navie.

As regras do Reino de Kaphi não eram justas para com as mulheres, não havia nenhuma forma de liberdade, elas eram tratadas como propriedade.

Nicolas conhecia bem pouco o pai de Dominique, mas pelo pouco que ouviu falar não restava dúvida que aquele homem estava por trás da chegada de Eurípedes na sua corte.

Todos se reuniram na biblioteca particular do rei. Não havia ninguém lá, às vezes, alguns historiadores que deixavam documentado coisas para futuras gerações. Ele se sentou em uma cadeira e os irmãos de Amélia a sua volta.

— Vocês tem um plano?

— Sinceramente, Vossa Alteza — Felipe media as palavras para não ofender o futuro rei e seu cunhado — Acredito que não seja bom você se envolver nisso, eu entendo seu desejo, mas você deve ser um modelo para seu povo, muitos pensam que somos mercenários, então ninguém espera muito de nós.

— Eu desejo que esse homem sofra — Nicolas disse para Felipe — Ele não vai sair deste reino vivo. Eu não ligo de me sujar de sangue.

A forma que Nicolas falou tinha uma raiva, ele se sentia borbulhar e não importava quem fosse, ele queria o homem que tentou abusar de sua futura esposa morto.

— Arthur em breve descobrirá por onde eles vieram. Havia homens em volta do Castelo, todos foram pegos ontem a noite mesmo e presos por nossas tropas. — Felipe bateu os dedos em cima da mesa — uma diversão para os mercenários.

— Eram muitos?

— Deveria ter uns trinta homens esperando ele, provavelmente ele queria carregar Amélia arrastada e sabe que não é fácil arrastar ela. — Felipe comentou. — De toda forma Vossa Alteza, acreditamos que não é apenas isso. Mandamos nossos homens para casa da família de Catarina

— Não creio que soubesse da atitude de Dominique — Nicolas sentiu-se péssimo, a mãe dela era uma pessoa comum que foi vendida a um bêbado.

— Eu acredito que sim — Pedro disse triste — São boas pessoas mas podem ser cegados pela ganância.

— O que eu posso fazer para ajudar? — Nicolas perguntou

— Não deixe ninguém se aproximar da cela dele, nenhum soldado que não seja um dos nossos homens de confiança. Isso poderia acabar com a reputação de Amélia.

— Ninguém chegará perto de lá, irei garantir isso.

— Não deixe Dominique se aproximar de Amélia — Felipe disse — Eu sei que por pedido da sua mãe você deixou ela ficar presa em um quarto.

— Apenas... — Nicolas procurava palavras para dizer.

O que ele deveria dizer? Sua mãe colocou Dominique em um aposento trancado com guardas em sua porta, dizendo que ela na prisão era ruim para sua imagem.

Nicolas não se importava com sua imagem, queria que Dominique fosse julgada por crimes contra a família real e enforcada, mas ela era filha de um barão, um homem com título e isso era importante.

— Não se preocupe, Vossa Alteza. É difícil para todos nós — Pedro disse.

 É difícil para todos nós — Pedro disse

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Reino de NavieWhere stories live. Discover now