Capítulo 42. Confrontos

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Nicolas chegou à sala do trono e à sua espera estavam os pais de Dominique, Catarina e Pedro. Dominique estava em seu quarto e sem autorização para sair, as portas eram guardadas pelos homens da futura rainha, visto que a mesma corria perigo por causa de atitudes de Dominique.

As notícias que chegavam a Nicolas era que a moça não parecia preocupada com o ocorrido, ela não sabia da morte de seu benfeitor ou qualquer notícia do Castelo.

— Vossa Alteza — todos que estavam à espera falaram em coro e se curvaram a Nicolas.

O futuro rei sentou em sua cadeira, em alguns instantes a mãe dele foi anunciada.

Nicolas não havia informado desta reunião já que sua mãe havia feito ele tirar Dominique da cela e ela tentou algumas vezes visitá-la, bem como mandou suas servas verem Dominique.

A rainha parou ao lado do trono de Nicolas e não disse nada. Todos estavam calados.

Apenas pensamentos homicidas passavam na mente de Nicolas, os responsáveis por trazer tanta dor e sofrimento, olhou para seu cunhado e viu o conflito interno que ele sofria pela situação que se encontrava.

— Expliquem-se. — Nicolas ordenou friamente.

— É tudo culpa minha, Vossa Alteza — a mulher de meia idade tinha olheiras profundas, Nicolas mal reconheceu Isabel que parecia não dormir a dias — eu incentivei minha filha a falar com antigo noivo de Amélia — Nicolas fechou a mão para se conter — eu sabia de seu noivado fracassado e onde eles viviam. Dominique o ama e eu só queria o melhor para minha filha.

— Colocando a vida da futura rainha em risco? — A voz de Nicolas cortou tudo como se fosse um trovão, ecoou sobre as paredes assustando a todos.

— Não pensei desta forma. Por Deus, Vossa alteza — Isabel ficou de joelhos — Solte minha filha. Eu pensei fazer o certo, ainda mais recebendo cartas da rainha e sua para conseguirmos o dote como de Amélia.

Neste momento Pedro olhou para o futuro rei em desaprovação, sentiu o fel em sua boca e se lembrou da carta onde ele e sua mãe pediam pelo dote de Dominique.

Nicolas recordou-se de estar encantado por Dominique. Dominique disse que fez tudo por amor, mas isso não justifica os atentados que Amélia sofreu.

— Nós — o marido de Isabel a encarou, ela tossiu e continuou — eu na verdade, achei que o senhor não deveria se casar com uma mulher que tinha um compromisso anterior. O senhor conhece a história? Uma mulher comprometida não deve ser oferecida ao rei.

— Está tentando inutilmente manchar a imagem de Amélia para mim? — Nicolas berrou com a mulher — Pensa que não sei a história da minha futura esposa? Que não sei o que aconteceu em sua vida? — Nicolas se levantou do trono — Me julgas um tolo para tentar fazer intriga?

— Não era a intenção dela, Vossa Alteza — o homem diz se curvando — é que as cartas deixaram nossa família confusa sobre seus desejos.

— Por isso havia tantos homens de Eurípedes protegendo sua casa? — Nicolas olhou para eles que nada falaram — Vocês ficaram na corte pelo tempo que acharmos conveniente e eu pensarei sobre deixar Dominique sair do quarto.

— Meu filho, você não pode...

— Cuidado com o que diz para seu futuro rei — Nicolas advertiu sua mãe com uma ferocidade gigantesca.

— Eles devem ter o direito de sair — Elizabeth disse assustada com o comportamento de Nicolas.

— Essa é minha corte e a escolha cabe a mim. Estão na corte como convidados, se a família do nobre não estiver feliz, ou até mesmo a senhora minha mãe, eu posso fazer eles prisioneiros e trancá-los em uma torre. — Nicolas rosnou a sua mãe — Ninguém sairá deste castelo sem minhas ordens.

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