Capítulo 37. Planos com o inimigo.

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A volta de Arthur fez uma chama de ódio ascender em Nicolas, ele não teria paz em seu coração enquanto não fizesse algo.

O futuro rei foi até os aposentos de Amélia, mas ela dormia calmamente. Quando saiu encarou o homem que queria conversar, o guarda que sempre o olhava cheio de ódio.

— Precisamos conversar — Nicolas disse friamente — A sós.

— Vossa Alteza...

— É sobre Amélia.

João Lucas passou o posto para outro guarda e acompanhou Nicolas, o futuro rei levou o rapaz a uma ala desativada do castelo, apesar de Lucas achar estranho ele em nenhum momento temeu.

— Eu entendo sua lealdade a família de Amélia e a afeição que nutre por minha noiva — João engoliu seco, ele não sabia o que Nicolas queria mais estava pronto para socar a cara do futuro rei — Eu quero ajuda, quero que me ajude a achar um homem que aceite uma missão.

— Vossa Alteza, seja claro.

— Quero que matem o prisioneiro, quero que executem o homem que perseguiu Amélia. Sei que você é respeitado pelas tropas, eu não sei o que os irmãos dela estão pensando mas quero ele morto.

— Eles agem com cautela.

— Eu não me importo com a cautela neste momento, quero que matem aquele canalha, por mim o executaria em praça pública.

Lucas encarou o desespero na voz de Nicolas, ele entendia o ódio que o futuro rei sentia, ele sentia o mesmo.

— Qual seu plano? — João Lucas perguntou a Nicolas.

— Eu pagarei. Jóias da coroa para aquele que aceitar matá-lo.

— Existe um homem, ele é um bárbaro, se juntou às tropas a pouco tempo. Creio eu que ele possa entrar e sair discretamente. Acho que não deve haver problema em matar aquele crápula.

— Quero uma morte lenta — Nicolas disse.

— Talvez adaga nos olhos — João Lucas sugeriu e Nicolas concordou com a cabeça — você tem as joias?

— Metade agora e metade quando ele terminar o serviço.

Nicolas caminhou até um canto da ala abandonada, pegou um baú que havia escondido e entregou para João Lucas. O Guarda abriu o baú, dentro dele havia uns pares de moedas de ouro, colares de ouro e pérola, botões de veste com ouro e diamante.

— Entregarei o resto depois do serviço.

— Acho que ele faria por menos que isso — João Lucas sorriu — Não se preocupe, vossa alteza, isso ficará entre nós.

Nicolas estendeu a mão para João Lucas, o guarda apertou a mão do futuro rei e ele sorriu pelo plano de matar aquele homem. Nicolas se lembrou de seu pai, uma vez disse a ele que o inimigo de seu inimigo era o seu amigo. Agora Nicolas e João Lucas estavam nesta posição, ambos tinham um objetivo em comum.

João Lucas foi na frente e Nicolas esperou um tempo para não levantar suspeita.


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