CAPITULO TRINTA E SEIS

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A casa de Caleb eu só havia visto por fora até aquele momento. Lembro de que estava a venda antes dele alugá-la repentinamente.

Apesar de uma casa de homem solteiro Caleb parecia ser extremamente organizado. Havia um aspirador de pó ligdo na tomada que vi assim que entrei na sala.

Não observei sujeira alguma, fora o cheiro de lavanda vindo de todos os cantos. Agradável e aconchegante. Certo que em alguns lugares estavam caixas e embalagens da mudança recente, mas até isso estava organizado.
Era engraçado notar o vizinho preocupado.

- Desculpe pela bagunça. Não há uma decoração decente ainda porque me mudei há pouco tempo - dizia retirando o aspirador e enrolando a tomada.

- Não se preocupe, Caleb. Está tudo bem . E seu gato? Como se chama? Gostaria tanto de conhecê-lo.

- Romão! - gritou Caleb - Venha cá, seu gato rabujento.

Ele ria.

- Não ligue, Sam, Romão já tem dez anos e anda meio reservado. Mas quando ele se afeiçoar a você voce não terá paz.

E de repende uma bolinha de pelos branca desceu as escadas devagar, degrau por degrau,  miando sutilmente. Romão parou um tempo e mexia a ponta do nariz, talvez farejando meu cheiro que seria novo para ele.

- Não faça feio com as visitas, Romão. Cumprimente a Samantha!

Ele ignorou o dono e após descer toda a escadaria, aquele ser fofinho sentou sobre suas patas traseiras, despreocupado. Olhou para os lados, lambeu a patinha direita e depois a esquerda. Parecia alheio a mim e ao dono. Mas após alguns minutos, quando estava distraída, Romão cruzava com seus pelos por entre as minhas pernas e roçava no meu tornozelo, miando baixinho.

Eu me agachei devagar para tentar pegá-lo. Dei a chance dele fugir, porém Romão ficou estático, como se esperasse pelo meu carinho. Comecei alisando sua pelagem branca e macia e ele se eriçou todo. Fiz isso por alguns segundos até Romão começar a vibrar e ronronar.

Foi somente aí que me senti confortável para suavemente pegá-lo no colo. Romão não ofereceu qualquer resistência. Olhei para Caleb que estava impressionado.

- Que gato safado, esse Romão! Ele nunca vai com ninguém! - Reclamava o vizinho abrindo a porta da geladeira e retriando uma bandeja de carne congelada.

- Mas acho que Romão não resistiu aos meus carinhos, né, seu bonitão? - dizia  a Romão enquanto afagava a barriguinha macia dele.

Eu amava gatos em especial e Roger nunca me permitira ter um por conta de sua rinite alérgica.

- Encantadora de gatinhos, então? - Caleb picava cebolas enquanto me observava com seu gato no colo.

- Quase isso. Romão é um fofo!

- Deve ser sua energia. Gatos sentem muito isso. Romão é arredio, e foi com você logo no primeiro dia. Você deve ter uma energia boa.

Olhei sobre a mesinha de canto na cozinha e reparei um estojinho onde se guarda lentes de contato. Caleb usava lentes?

- Você tmabém precisa usar óculos? - Perguntei.
Gentilmente deixei Romão descer do meu colo. Ele ficou sentado sobre as patinhas observando o dono e a mim.

- Não, por quê?

- São lentes de contato, não são? - Apontei.

Caleb parecia não estar preparado para minha observação. Ele hesitou antes de responder. Abriu a boca após cortar com força um ramalhete de salsinha.

- Não são minhas - a força dele ao usar  a faca era excessiva.

- E são de quem? Desculpa a pergunta, não é da minha conta... desculpe! - disse caindo em mim.

Ele mantinha-se entretido com o corte.

- De pessoas, Samantha. Eu sou um homem solteiro... - Caleb tinha um tom de insinuação- Uma pessoa já veio aqui além de você - Ele estava visivlemente desconfortável com aquele assunto

APAIXONADA PELO MEU ASSASSINO?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora