PARTE II -- CAPÍTULO 18

750 115 1
                                    

~*~

*Caleb*

Ser um mata*dor de aluguel é uma profissão um tanto solitária. Nós não conhecemos nossos chefes em geral, não sabemos quem são nossos colegas de trabalho. E caso venhamos a saber a identidade de um dos nossos, um dos dois precisa morrer. É claro que os tutores seniors e as instâncias superiores da X-RENT  provavelmente conheciam cada um dos agentes ligados a agência.

Estou mencionando isso pois me sentia tão só naqueles dias sem Samantha, sem ninguém com quem pudesse desabafar. A quem eu poderia mencionar o fato de que era um Assasi*no de aluguel e que procurava minha mais nova parceira no crime?

Ok, vocês devem estar se perguntando: "Mas se Sam e eu somos agentes  -- ela aspirante -- uma hora ou outra teríamos que matar um ao outro".

Bem, pensava nisso todo o tempo e não sei dizer se ela também. Apesar de Samantha não querer olhar na minha cara naqueles dias de treinamento pela X-RENT, eu iria propor a ela acharmos um jeito de fugirmos -- Mesmo eu considerando que Samanha não achasse ruim a ideia de me eliminar naquele momento , tamanha a raiva que sentia.

Mas era justa essa raiva dela e eu não poderia me queixar. Acho que eu também teria raiva de alguém que quisesse me assassinar.

Contudo eu estava pouco me importando se ela desejava me ma*tar. Eu faria de tudo para reencontra-la e vê-la bem. Eu sabia que a a encontraria em algum lugar, que não estava morta.

-- Recebi seu S.O.S, vinte e três -- Era a mesma voz distorcida de antes.

As vezes eu tentava memorizar os trejeitos na fala do tutor, as pausas que fazia ou palavras mais usadas, numa tentativa tola de identificar quem era ou se havia trocado o tutor.

-- Então, estive no hotel hoje cedo e encontrei uma coisa importante -- Falava ao telefone enquanto olhava apara a o projetil em minha mão. Estava manchado de polvora.

-- Um tanto arriscado, agente. Não é de praxe retornarmos a um local como esse tão cedo. Geralmente esperamos as coisas se acalmarem antes. Você sabe disso, não é?

-- Sim tutor, eu sei disso. Porém, uma agente sumir de maneira misteriosa também foge ao que se espera e é uma questão de urgência e pode abrir exceções...

Houve uma breve silêncio após minha argumentação. Ele sabia que eu tinha razão.

-- Tudo bem. Então me conte o que encontrou, vinte e três!

-- Estive pela manhã no mesmo hotel, como mencionei . Procurava por algo, até tentei uma forma de ver as imagens de segurança, porém a perícia já havia levado tudo.

O tutor tinha uma respiração de tédio, demonstrando impaciência.

-- Seja breve, agente. O que encontrou?

-- Um projétil de arma, uma bala... -- Eu girava a capsula por entre os dedos, a examinando com atenção. Sabia que viria muitas repostas dali.-- Precisaria de uma prova de balística, saber de que arma veio esse projétil.

-- Issso é simples, agente. Passe na central e deixe num dos escaninhos, pedirei que enviem ao laboratorio.

--Obrigado, senhor!

Ele arfou do outro lado da linha.

-- Espero que dê certo, vinte e três. Os superiores não estão gostando desse sumiço. Ela precisa ser encontrada viva ou morta. Todos no alto escalão sabem sobre seu envolvimento com a moça. Acreditam que você a ajudou a escapar.

A suposição era até mais que plausível.

-- Vou provar que não, tutor. A encontraremos, eu estou certo disso!

APAIXONADA PELO MEU ASSASSINO?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora