Capítulo 27

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Todo o seu corpo doía como o inferno e ela não conseguia mover um dedo sequer sem pensar que poderia morrer.

Ela estava atirada no chão de sua cela, o vestido completamente arruinado pelo sangue de suas costas, que havia secado e endurecido o tecido. Aquilo indicava que estava desacordada há algumas horas, o que não podia ser um bom sinal. Se estava desacordada a tempo o suficiente para a umidade da roupa secar e endurecer, então suas feridas haviam passado todo aquele tempo abertas e expostas à imundice de sua cela.

— Agora — gemeu ao tentar se levantar em um rompante de força e coragem, desabando assim que a dor pura e excruciante irradiou de suas costas para o resto do corpo.

Sabia que precisava se levantar, mas a ideia era inconcebível no momento. Tentar não deu nenhum resultado positivo, apenas serviu para forçar os machucados de suas costas. Com aquelas correntes limitando a magia de seu sangue, sua cura estava perigosamente lenta, tanto quanto a de um humano comum. Os ferimentos haviam coagulado, impedindo que sangrasse até morrer, mas se mexer fez com que sentisse novos filetes de umidade descendo por suas costas.

Merda, merda, merda.

Agora estava sangrando de novo e continuava naquele chão imundo, se arriscando a pegar uma infecção a cada segundo que passava.

— Por favor — choramingou para o vazio e a escuridão do quarto —, me encontrem logo.

Não tinha ideia de para quem estava implorando, mas as palavras escaparam antes que pudesse contê-las. Ela só queria que aquilo acabasse, faria qualquer coisa para dar fim àquele sofrimento.

Por que não a matavam de uma vez? Por que não davam um fim à sua existência patética e sem sentido? Não sabia quanto tempo mais iria aguentar tudo aquilo. Só queria que terminasse, que Feyre e Nestha dessem um jeito de encontrá-la ou que Koschei se cansasse de esperar e simplesmente tirasse a vida dela. Faria qualquer coisa para conseguir aquilo, de um jeito ou de outro.

Pela Mãe, Elain ficaria radiante até mesmo se Lucien Vanserra aparecesse naquele momento. Ela o agarraria como a uma corda de salvação e imploraria de joelhos para que a tirasse daquele momento. E se ele dissesse que não, então ela roubaria qualquer arma que ele portasse no momento e rasgaria a própria garganta.

Ela ficou jogada no chão pelo que poderiam ter sido horas ou dias, chorando até que não houvesse mais lágrimas para derramar. Não tinha forças para ir até a bandeja de água e comida, ou para se arrastar até a cama, então tudo que ela fazia era dormir e chorar e acordar, de novo e de novo.

Oioioi!

Peço desculpas pelo atraso do capítulo, mas essa semana foi uma loucura para mim. Vida de universitário não é fácil kkkcrying.

Esse capítulo é praticamente minúsculo se comparado ao tamanho dos anteriores. No entanto, eu senti que precisava mostrar como a Elain tinha ficado depois dos últimos acontecimentos.

Se serve de consolo, o próximo capítulo é Gwynriel!

Até quarta-feira (se tudo der certo). Beijinhos,

- Anny Fireheart.

Corte de Melodia e Luz Escarlate - ACOTARWhere stories live. Discover now