Capítulo XV

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(Luiz Felipe Spinelli)


Eu estava secando meu cabelo, olhei ao redor percebi toda a bagunça que havíamos feito. Mas acho que não apenas o quarto estava bagunçado naquele momento, mas também minha vida. Eu traí a Ana com o irmão dela, ou melhor eu traí a irmã do meu melhor amigo com seu outro irmão. Nossa se o Gabriel soubesse certamente me mataria. Ele já havia ficado bravo quando descobriu que eu estava transando com sua irmã, irmã essa que ele é bem distante. Quem dirá o que ele faria se soubesse o que fiz com seu amado irmãozinho.

— Luiz pode me dar uma toalha? —. Pediu bem na entrada do banheiro. Olhei seu cabelo negro estava molhado. Ele carregava um grande mistério em seus olhos, um olhar indecifrável. Eu prontamente lhe dei uma toalha limpa. Ele a pegou e se secou. Logo em seguida foi diretamente se sentar na poltrona em frente a janela. Onde permaneceu em silêncio por um longo período. Havíamos transado, eu não sabia o que fazer, não sabia o que tinha feito. Acho que finalmente aceitei minha sina de inconsequente. Agi por impulso e agora estava sofrendo as consequências de meus atos.

— Luiz, seja lá o que aconteceu nessa noite, morre aqui, não haverá outras ocasiões, não vou fazer isso de novo. E nem adianta com todo esse seu joguinho de sedução. Você namora minha irmã, embora eu não goste dela, isso é muito errado, você a traiu, e pior a traiu comigo, o irmão dela. Você não tem noção do que fez? —.

— Não fale como se tivesse feito isso tudo forçado, você queria tanto quanto eu, você colaborou para isso tanto quanto eu, não venha colocar toda a culpa em mim —.

— Mas a culpa é sua sim, eu nem queria isso, você me seduziu de maneira barata, me convenceu que isso era o que eu queria, se fosse o que eu queria não sentiria essa culpa aqui dentro, nem muito menos essa vontade enorme de sumir —.

— Garoto você não sabe de nada, acha que sabe de alguma coisa, mas é muito ingênuo, se quer dar um ponto final nisso tudo que seja. E outra vai haver sim uma próxima vez, e vai ser você quem virá até mim, eu não irei tentar nada —.

— Você é convencido não é, acha que só porque é todo padrão todo mundo está aos seus pés, mas não é bem assim —.

— Engraçado, você estava gemendo bem alto quando estava em cima desse padrão aqui —.

— Eu estou tentando dialogar com você para acharmos uma solução para essa situação, mas se não quer conversa tudo bem —.

— Você está tentando negar que gostou do que fizemos, sabe eu sinto culpa, sinto que fui desonesto, mas isso não importa, eu gostei da nossa transa, você gostou da nossa transa e é isso não pode suprimir o que sente, e se tentar esse sentimento vai crescer tanto até te consumir por completo —.

— Eu quero ir para casa —. Falou e logo silenciou. Concordei que o melhor realmente era deixa-lo em casa, ele estava cansado, e certamente ele deveria estar se sentido mal, eu também me sentiria caso estivesse em seu lugar. Me vesti rapidamente ele fez o mesmo. Acho que agora ele tinha conseguido me deixar mal, com aquele seu olhar melancólico. Aqueles olhos azuis penetravam profundamente na minha alma.

No caminho de volta ele foi no banco de trás, ele estava muito pensativo, aquilo me causava agonia parecia que eu tinha o machucado, mas apenas agi por instinto.

— Luiz, eu espero que depois dessa você termine com a Ana, eu não gosto dela, mas traição é uma coisa horrível e eu não quero fazer parte de uma coisa dessas —.

— Vou pensar nisso —.

— Você não vai pensar, vai fazer —.

— Olha só baixa sua bola, acho melhor você descansar depois conversamos —. Ele estava mesmo impaciente, mal parei o carro ele desceu, e nem se despediu, não olhou para trás, apenas vi ele andando rumo a portaria. Nossa eu não imaginava que depois da nossa transa tantos problemas iriam surgir, era como uma teia de aranha quanto mais eu me mexia mais eu ficava preso. Meu maior medo era que ele contasse para o Gabriel, conhecendo-o ele era muito passional, é capaz dele enfiar uma tesoura no meu pescoço. Fiquei pensando alto por mais de dez minutos até que decidi ir direto para o hospital, eu precisava esfria minha cabeça, e nada melhor que cuidar dos problemas dos outros para esquecer dos meus próprios.

(João)

Entrei de fininho a casa estava silenciosa, entrei em meu quarto tranquei a porta, deitei na minha cama. Fiquei pensando na confusão que foi essa noite, peguei meu celular e fui direto para seu contato, sim do Felipe, era quase como se ele estivesse me dominando por dentro me controlando.

Ele era muito bonito, bonito era pouco, ele era incrível, olhando suas fotos lapsos de memória vieram de repente. Eu relembrava das cenas que ocorreram em sua cama, ele agarrando minha pele, eu ainda podia sentir seu toque, sentir ele puxando meu cabelo. E suas expressões. Quando dei por mim eu estava excitado novamente. Fique bravo joguei meu celular bem longe, acho que ele quebrou, mas eu não dei muita importância para isso. Eu me sentia mal por ter transado com o namorado da minha irmã, mas mesmo assim eu me sentia feliz, bem lá no fundo.

Havia sido a minha primeira vez, foi bom, eu não conseguia parar de pensar nisso, mas eu precisava, eu me concentrei em fechar os olhos tentar esquecer e dormir, mas não funcionou muito bem. Pela primeira vez na minha vida vi o sol nascer, foi outra experiencia incrível, embora triste. Naquelas últimas horas momentos assim estavam ocorrendo corriqueiramente. Não lembro quando eu dormir, mas lembro quando acordei, 13:27. Eu vi no relógio em meu braço. Me levantei fui direto para o chuveiro. Tomei um banho, um bem demorado, para tirar toda aquela sujeira de mim.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO

O Dono do Meu Corpo [+18]Where stories live. Discover now