Capítulo LVI

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— Amigo, como é que você não me contou logo isso? —.

   — Porque aconteceu ontem, e ontem aconteceu muita coisa, enfim acho que só estou feliz assim porque o Luiz fez o pedido, e eu acho que era isso o que eu mais queria que ele fizesse —.

   — O que aconteceu meu amor? —.

   — Enfim, a Ana ficou sabendo que o Luiz estava na casa do Gabriel, que a propósito agora me apoia em relação ao Luiz. Aí ela me ligou perguntando o que o Luiz estava fazendo lá, aí eu inventei uma desculpa —.

   — Como que essa maluca fica sabendo dessas coisas? —.

   — Com certeza são as amigas dela. Aí ela falou mal do Gabriel para mim, eu não ia deixar barato e disse umas coisas com ela. Aí ela me chamou de umas coisas não muito legais. Enfim eu disse muitas coisas com ela, ela falou tudo para os nossos pais, aí então meu pai soube que o Luiz estava comigo e ligou bravo para o Gabriel, e depois discutiu conosco, ele chega hoje, com certeza vou ficar de castigo. Pelo menos foi o que ele me disse —.

   — O que aquela vaca falou? —.

   — Besteira como sempre, falou da minha aparência, mas eu relevei. Queria ver a cara dela se soubesse que o ex dela é doidinho por mim e não por ela —.

   — E pior que é mesmo verdade, eu consigo ver nos olhos dele, o jeito como ele te olha. Ele é fissurado em você amigo —.

   — Eu ainda tenho minhas dúvidas, mas uma coisa é certa estamos namorando, e isso é tão maravilhoso —.

   — Quem diria em João Pedro, que um dia alguém ia te fazer falar essas coisas. Ainda lembro de você falando "AiN MaS NiNgUéM vAi FaZeR iSsO cOmIgO". Agora você tá quase pior que o Douglas —.

   — Aquele ali é um caso perdido, eu gosto do Luiz, mas eu também gosto de mim mesmo —.

   — Isso é bom, cara você é perfeito o Luiz tem muita sorte mesmo, bonito, doce, lindo, gostoso, GÊNIO. Aposto como você sabe fazer outras coisas a mais não é, com essa sua bunda redonda —.

   — GAROTA PELO AMOR DE DEUS —.
 
   — Deixa de ser chato amigo, eu te conto todas as coisas que eu faço —.
  
   — Você fala porque quer —.

   — E você escuta porque quer —.

   — Deve ser porque fala alto —.
 
   — Deve ser, mas me conta como é transar com ele? —.

    — Ah é bom —.
 
    — "Bom"? Vocês dois, dois gostosões, só é isso o que tem a dizer! —.

    — Ah, eu não me sinto muito confortável sabe, em falar essas coisas —.
 
    — Amigo, se não quiser falar tudo bem, não vou te forçar a nada, mas se quiser falar vou estar aqui —.

   — Obrigado —.

   Depois dessa estranha e confusa conversa entramos para assistir a aula, foi uma total chatice, eu odiava física, odiava geografia, odiava língua portuguesa. Odiava tudo na verdade, com exceção de história, biologia e química. Mas hoje não tinha essas matérias

    — O Luiz, o Gabriel, o boy dele e eu vamos a uma lojinha de bebê hoje, comprar as coisas do filho do Luiz —.

    — Sabe o que parece? —.

    — O que? —.

    — Que você está formando uma família com o Luiz —.

    — Nossa que doideira parece mesmo —.

   — Pena que o filho é da doida da sua irmã —.

   — Sim, sabia que o Luiz quer que ele nasça parecido comigo?! —.

    — Ah que fofinho, deve ser porque você era o neném mais fofo desse mundo —.

   — Pior que eu era mesmo, minha mãe faz questão de mostrar isso pra todo mundo —.

   — Aquelas fotos que tirei de você estão todas guardadas. Você era tão fofinho —.

   — Era? Não sou mais? —.

   — Não, agora você é uma puta gostosa —.

   — Doida —. Eu ri.

                                      •••

    — Alana, esse é o Dario, ele é o... — Fiquei na dúvida no que ele era mesmo do Gabriel —.

    — Muito prazer —.

    — Luiz, estava olhando as coisas na loja, com certeza não fazia ideia do que comprar —.

    — Por onde começamos? —. Luiz questionou.

    — Começamos fazendo o nenê, mas isso aí você já fez —. Alana fez a piada, Dario e o Luiz riram, Gabriel ficou segurando a risada.

    — Que tal começar pelo berço? —. Gabriel falou. Nisso olhamos berços, cômodas, e um monte de coisas, eu olhei para uns bichinhos de pelúcia, tentei escolher um para dar para o meu sobrinho. Quando olhei para o Luiz, a Alana o Gabriel e o Dario estavam jogando umas roupas em cima do Luiz para ele comprar.

   — Essa daqui, esse aqui tá lindo —. Era isso o que os três diziam. O coitado do Luiz, no final gastou uma fortuna, eu quase caio para trás, quando vejo o valo, o Gabriel presenteou ele com algumas coisas, mas ainda assim ficou bem salgado o preço.

   — O papai já estava vindo te buscar, ele disse que chega em dez minutos, quer mesmo ir com ele? Você não é obrigado —.

   — Eu quero ir com ele, vai dar tudo certo, já que eu não vou sair, promete ir lá todo dia? Até se a Ana estiver lá? —.

   — Prometo —.

   — Te amo Gabriel —.

   — Te amo João Pedro —. Ele bagunçou meu cabelo, depois nos abraçamos, e ele beijou em cima do meu cabelo.

   — Quer alguma coisa? Comer algo, comprar algo? —.

   — Sim, minha liberdade —.

   — Mas você é livre, você tem as chaves da sua sala, mas não quer sair dela —.

   — Sair ou fugir? —.

   — Isso tudo vai passar está bem? —.

   — Tudo bem —.

   Não demorou dois minutos, mal tínhamos saído da loja o papai chegou, ele estava me esperando parado de braços cruzados do lado de fora. Abracei o Luiz.

   — Eu te amo —.

   — Eu também te amo, meu bem, toma cuidado, se precisar de mim estarei com você —. Depois Abracei a Alana. E dei tchau para o Dario.

   Caminhei devagar até o papai, ele estava sério.

   — Oi pai! —.

   — Oi, o que é isso na sua mão? —.

   — É um presente pro meu sobrinho, acho que ele vai gostar —.

   — Acho que ele vai gostar mesmo —. Ele me abraçou, depois colocou sua mão na parte de trás das minhas costas e me conduziu até o carro, olhei para trás e Luiz continuava me olhando.

  
  CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO
 

  

  

O Dono do Meu Corpo [+18]Where stories live. Discover now