Capítulo LV

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(João)

Acordei, o despertador estava tocando eu havia dormido pouca coisa, o dia já estava claro lá fora, Luiz se mexeu, mas depois me puxou para mais perto do seu corpo e me deu um beijo no meu pescoço, ele ainda estava dormindo, achei aquilo tão fofo. Mas enfim, eu tinha que ir para a escola, então foi bem difícil sair da cama ainda mais quando havia um par de braços enormes me segurando.

Fui ao banheiro, meu cabelo estava todo bagunçado como sempre, ele já estava perto do meu nariz, eu estava gostando bastante dele assim, mas me questiono se não estava na hora de cortá-lo, quando eu era criança, eu gostava de cortar meu cabelo com minhas tesouras, ele era grande assim como é agora, meu pai ficava maluco quando eu aparecia com uma mecha e entregava a ele. Lembrando dessas coisas eu sorria bastante, a minha relação com meus pais sempre foi maravilhosa, pena que agora tudo estava ruindo por conta da bruxa da Ana Paula.

Minha culpa nisso tudo foi se apaixonar, mas ainda bem que eu tenho pessoas ao meu lado, principalmente o Gabriel. Acho que ele e Dario se divertiram bastante ontem a noite, já que ouvi alguns ruídos. Fico feliz por meu irmão, eles dois são bem fofos juntos, o Gabriel todo frio e o Dario todo atrapalhado

Depois de sair do banho fui me vestir para ir ao colégio. Olhei para a cama e o Luiz ainda estava dormindo, me deu uma vontade tão grande de ficar em casa, mas achei melhor não, fui até ele e dei um beijinho em sua bochecha, ele se acordou, me olhou assustado e depois sorriu, esfregou os olhos, e bocejou.

— Você já vai? —.

— Sim eu tenho que ir para a escola, o papai só vai chegar à tarde, podemos nos ver ainda —.

— Você pode ir comigo comprar as coisas do meu filho? —.

— Claro que sim, vou chamar o Gabriel tudo bem? —.

— Claro —.

Ele nem quis conversar mais, acabou dormindo de novo, o pobrezinho devia estar cansado. Saí de fininho para não o acordar, vou em direção a cozinha para tomar café, quando lá chegou me deparo como os dois patetas se beijando. Eu novamente saí de fininho, mas o Gabriel me percebeu e disse:

— João vem tomar café —. Eu dei meia volta e me sentei na cadeira. Eles dois estavam constrangidos. Meu irmão estava com o pescoço com alguns chupões, eu tentei disfarçar o riso, mas não consegui.

— Moleque ridículo —. Ele disse com raiva. Eu estava feliz pelo meu irmão.

— Vocês estão namorando ou o quê? —. Questionei, Gabriel fez uma cara como quem quisesse dizer pra calar a boca.

— Estamos apenas ficando —. Dario falou.

— Hum entendi —. Acho que se o papai estivesse aqui ele estaria fazendo o mesmo ou pior, ele só não gostava das criaturas que a Ana trazia, mas meu pai gostava de implicar com o Gabriel com isso. Ele não podia falar o nome de uma garota que ele já fazia uma cara toda boba.

Depois do café um pouco constrangedor e engraçado, Gabriel foi me deixar na escola, junto com seu futuro namorado, eles eram muito fofinhos juntos, ficava bem obvio que o Dario amava meu irmão, pois ele olhava de uma maneira encantadora para ele.

— Gabriel, você pode ir comigo e com o Luiz comprar coisas de bebê —.

— Quem é Luiz? —. Questionou Dario.

— É o namorado dele, mas ninguém pode ficar sabendo —.

— E ninguém saberá —.

— Bom eu posso ir, mas eu não sei muita coisa de roupa de bebê, quer ir também? —. Gabriel questionou ao Dario, ele acenou com a cabeça. Acho que o Luiz ficaria muito feliz quando visse todo mundo o ajudando.

— Tchau maninho, tchau cunhado —. Disse para implicar com o Gabriel.

— Moleque eu vou passar com o carro por cima de você —. Eles ficaram rindo no carro. Entrei na escola, Alana estava me esperando, ela estava me encarando bastante.

— Que foi? —. Questionei.

— Está feliz demais, deu ontem foi? —.

— ALANA! Pelo amor de Deus —.

— O que é que tem amigo? Com esse seu corpinho gostoso, aposto como aquele seu boy quer toda hora —. Ela estava me deixando muito constrangido.

— Alana! —.

— Eu quero que você me conte cada detalhe —.

— Minha filha, existe conto erótico, vai ler um —.

— Não, mas vocês são um casal que me dão muito tesão —.

— Que casal? —. Douglas perguntou ao nos acompanhar.

— Casal? Não estamos falando de casal, falamos de um pardal que que foi pro sertão —.

— Eu acho que vocês estão me escondendo alguma coisa, vocês ficam de cochicho por aí, quase não falam mais comigo —.

— A Hilda estava atrás de você, ela foi para perto da sala da diretora —. Ele sem nem pensar duas vezes mudou a direção de seu trajeto.

— Ela estava mesmo atrás dele? —. Questionei.

— Não — Ela riu — Mas ele estava fazendo perguntas demais —.

— Isso é maldade, ele gosta muito dela —.

— Ele é emocionado demais, se bem que a Hilda tem uma fama de quem deixa qualquer um louco com o que ela faz —.

— O que ela faz? —. Questionei não entendendo.

— Amigo você é tão puro e inocente, continue assim —.

— Às vezes eu tenho é medo das coisas que você sabe —.

— Pois eu não, não quero ter uma vida sem emoções, quero aproveitar cada momento —. Olhando pra Alana eu só conseguia me sentir seguro, ela sempre foi tão confiável.

— Tenho tantas coisas pra te contar, cada notícia boa —.

— Meu irmão tá com um namorado, quer dizer um quase namorado já que ele parece não ter aceitado o pedido ainda —.

— E isso lá é notícia boa João? E os meus planos de entrar pra sua família? Já tinha tudo em mentes eu ia dar um golpe da barriga no seu irmão, ia obrigar ele a se casar comigo, iriamos ter catorze filhos, já imaginava inclusive as confusões no almoço de domingo na casa dos seus pais —.

— Nunca entendi esse seu crush nele —.

— Ah ele é muito lindo, sem falar que ele tem uma carinha nerd, nossa senhora —.

— Desculpa informar que ele é gay, e o boy dele é tão engraçado —.

— Nunca ouviu falar em cura gay não? —. Falou com sarcasmo. Nós dois rimos.

— E eu estou namorando —. Ela me olhou com a maior cara de espanto de todas.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO

O Dono do Meu Corpo [+18]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora