Capítulo X

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(João)

— Está gostando? —. Questionou Luiz, ele estava bem alegre ao que parecia, estava dançando bastante, parecia que nunca tinha dançado na vida, eu também estava gostando de dançar, embora na maioria das vezes eu somente imitava os passos de Luiz. Meus amigos eram bem festeiros gostavam bastante de sair para festas, durante os finais de semana, na realidade eles não tinham muita preocupação em relação ao dia em que saiam, era comum eu ver stories deles dançando e se embebedando.

— Estou, aqui é muito legal —. Ele deu um grande sorriso, logo em seguida tirou sua camisa e ficou balançando pelo ar, em movimentos circulares. Chegou um momento que minhas pernas doíam de tanto pular e se movimentar, eu procurei por um lugar e me sentei, Luiz veio logo atrás perguntando se eu estava bem.

— Estou, apenas meu pé que está doendo um pouco, mas não é nada demais não se preocupe —.

— Acho que já está na hora de irmos, prometi aos seus pais que não iriamos tarde para casa —. Ele disse olhando em seu relógio de pulso. Embora meus pés estivessem doendo, embora tivéssemos feito uma promessa, embora o horário não fosse favorável eu não queria ir embora. Aquela estava sendo uma noite bastante divertida, nunca eu tinha estado em um lugar tão excêntrico e legal assim. Mesmo assim eu não queria colocar o Luiz em problemas com minha família apenas por meus caprichos. Ele já se arriscou bastante me trazendo em lugar assim. Às vezes acho a Ana e somente ela tem o direito de se divertir livremente, enquanto Gabriel e eu tínhamos sempre que tirar as melhores notas, passar horas dos nossos dias estudando bastante, tínhamos que ser os bons filhos, enquanto a Ana tinha todo direito de ser a filha ruim.

— Sim vamos —. Ele vestiu sua camisa, e caminhamos para fora da festa, logo agora que tinha mais gente chegando. Acho que a única coisa da qual não gostei foi o fato de alguns sujeitos tentaram me beijar, mas o Luiz afugentou todos eles. Eu achei engraçado ele dizendo:

"— Deixa meu irmão em paz" —.

Agora iriamos para sua casa, meus pais combinaram que estavam sozinhos em casa e fizeram uma noite só deles como a muito tempo não tinham e eu é claro não queria atrapalhar. No carro ele colocou uma música bem alegre e ficou cantando durante a maior parte do trajeto, cantar não era muito seu forte, mas sua voz era bem grave e bonita.

Ao chegarmos em sua casa, ele somente fechou a porta, tirou os sapatos e correu em direção a varanda, eu não sabia o que ele estava fazendo, mas eu o acompanhei em passos leves e curtos, sem pressa. Ouvi barulho de água, ele estava dentro da piscina, submergindo, a água deslizava por seu rosto, seu cabelo caiu sobre seus olhos, fazendo uma franja bem engraçada, mas ele logo arrumou. Conversávamos em silencio, eu sentia que ele estavam me chamando para entrar na piscina. Não relutei, apenas tirei minha camisa e meus sapatos, pulei na água, ela estava bem quente, ela brilhava em uma cor azul fluorescente. O azul, ele sempre me encantou, ele era sedutor e suave, como o céu para aqueles que desejam voar em liberdade. Olhei bem fundo nos olhos de Luiz Felipe, eles estavam fixos em mim, aquilo seria assustador se eu também não estivesse de olhos fixos nele.

— Seus olhos estão combinando bastante com a água —. Ele me disse apenas agradeci, eu não sabia muito bem o que estávamos fazendo ali, apenas olhando para cara um do outro, apenas sei que ele começou a brincar de jogara água em mim, nadei em sua direção tentando fazê-lo parar. Mas o infeliz era rápido nadando, rapidamente ele saia de perto de mim.

— Tem que ser mais rápido garoto para me pegar —. Disse ao chegar por trás de mim, ele segurou meus braços, senti seu corpo muito colado ao meu, senti seu cheiro, ele me enchia as narinas de uma forma que eu não conseguia explicar, era um cheiro bom e marcante, um cheiro que era inesquecível.

— Você quer ser muito engraçado, não é? —.

— Não, apenas quero se divertir um pouco mais, e você é bem divertido —.

— Foi isso que disse a Ana? — O questionei apenas para rir um pouco dele também — Aposto que essa é de suas cantadas baratas, de quando você quer levar alguém para cama —.

— Quando eu levo uma pessoa para a cama, é porque ela fica doida para fazer isso, não preciso de palavras, não preciso forçar nada, apenas deixo o rio seguir em frente, ninguém resiste disso eu posso garantir —.

—Duvido, eu não cairia em nenhuma conversa sua, ou de qualquer pessoa que quisesse apenas me usar como se fosse algum objeto descartável.


CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO


O Dono do Meu Corpo [+18]Où les histoires vivent. Découvrez maintenant