Capítulo XIX

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                           (João)
   
    Naquele exato momento, eu estava em choque com todas aquelas informações, desde o primeiro momento em que Luiz pisou na minha cada meus pais sabiam que Gabriel o amava, e mesmo assim não me disseram nada, não conversaram comigo. Nem com a Ana, se bem que é difícil conversar com ela. Se eu soubesse que meu irmão era apaixonado nele nunca teria ficado a dois metros de distância, nem sequer falado. Porque agora eu tinha que conviver com a culpa de mentir para ele, sendo que eu fui a pessoa que ele mais confiou.

   Gabriel naquele dia dormiu no seu antigo quarto, ele ainda estava mal com toda aquela situação, abatido quase que sem rumo. Meus pais tentavam consolá-lo, mas era difícil consertar um coração partido. Gabriel me disse uma vez que o músculo do coração não se regenera se houver uma lesão, acho que a lesão que Luiz lhe causou foi profunda o suficiente para demais para regenerar-se.

   Eu estava inquieto, demorava dormir, pensava em muitas coisas, em coisas que poderiam ou não acontecer, assim fiquei por dias, em um estado de desespero, meu maior medo era que meus pais ou que Ana ou Gabriel soubessem. Acho que Ana iria fazer um escândalo enorme iria me xingar dois piores nomes possíveis me ofenderia até não poder mais. Meus pais diriam que estão decepcionado com o que eu fiz, que não esperavam isso de mim. Já a reação de Gabriel era a mais imprevisível, nãos ei como ele iria reagir, mas suponho que não seria bem.

   Eu me envolvi com uma pessoa e consegui minar a minha relação com meus familiares. Acho que eu precisava conversar com o Luiz, dar um ponto final nessa história, dizer a ele que eu não queria mais nada entre nós dois, e que ele nem esperasse que eu fosse me humilhar aos seus pés. E decidido.

   Depois da escola eu peguei um táxi, avisei para meus pais que eu iria para casa de um amigo meu. Eu estava bem nervoso. E me dirigi rumo ao seu apartamento. Já me preparei para lhe dizer algumas coisas, jogar tudo na cara dele no que suas ações resultaram, em como ele insultou e destruiu minha família.

                                (Luiz)

   Eu estava revisando minha pesquisa no sofá, quando ouço a campainha tocar, ainda pensei em não atender e apenas ignorar, mas a pessoa era extremamente insistente. Me levantei com toda calma, caminhei em lentos passos rumo a porta e abri. Me surpreendo ao ver Pedrinho bem ali na minha frente, olhando de cima para baixo, com aquele cabelo preto, longo e ondulado. E aqueles imensos olhos azuis.

   — Pedrinho?! Entra —. Ele rapidamente entrou pela porta e a fechou.

   — Nem pense que estou aqui para me arrastar aos seus pés, estou aqui apenas para dizer que quero você longe de mim, bem longe de mim. Quero que se afaste da minha família, me esqueça, suma. Vá ao raio que lhe parta —. O garoto estava vermelho de raiva, seus olhos estavam inquietos.

   — Pra que toda essa raiva garoto? O que eu lhe fiz? —.

   — Você ainda tem a coragem de perguntar seu cínico? Você apenas me colocou contra minha família, sabe o que eu sinto agora por sua causa? Medo, porque minha irmã gosta de você e  meu irmão é louco por você e adivinha só o que você fez? Isso mesmo transou comigo, e olha só eu me sentindo aqui todo culpado, um lixo praticamente e você aí bem pleno —.

   — Eu não tenho culpa do que as pessoas sentem, nem muito menos do que eu sinto, não posso controlar nem você, então não venha me culpar por tudo que aconteceu, você também é responsável —.

   — Essa conversa de novo não,npor favor some da minha vida, não me procura mais. Eu quero que você me esqueça —. Acho que aquele garoto precisava esfriar a cabeça, e também precisava de um bom corretivo.

                            (João)

   — Você quer o que? —. Questionou e tirou seu cinto, e enrolou ele na mão, ele deu dois passos até mim, isso me deixou agoniado. Mas fiquei estático, as palavras tentaram sair da minha boca mas não consegui pronunciá-las.

   — Quer que eu vá embora? Quer que eu suma da sua vida? É só pedir que eu vou, mas para isso tem que ter certeza —. Agora ele tirou sua camisa e jogou em cima do sofá. Eu tremia de medo, e não conseguia mover um músculo só.

   Ele caminhou um pouco mais e ficou bem na minha frente, eu não consegui levantar minha cabeça para olhar em seus olhos. Ele segurou em meu queixo suavemente e levantou minha cabeça. Olhei em seus olhos, aquele olhar sério tinha voltado, mas logo sumiu com um sorriso bem sacana. Ele retirou a mochila das minhas costas, colocou no chão, puxou meu cabelos e fez com que minha cabeça fosse para trás. Ele ainda por cima da roupa agarrou com suas mãos minhas nádegas bem forte, eu senti meu rosto corar. Ele tirou minha camisa, e colocou seu cinto ao redor do meu pescoço. Acho que realmente eu não conseguia resistir a ele.

   — Agora eu vou te mostrar como você não resiste a mim —. Ele foi em direção ao meu pescoço lambeu subindo até minha orelha. Não consegui segurar meu gemido que saiu bem fininho. Ele por dentro da minha calça levou seu dedo até meus ânus e passou pela entradinha e depois cheirou.

   — Você precisa de uma boa lição —. Naquele momento eu não conseguia pensar em outra coisa senão em continuar com aquilo, esqueci inclusive do que eu vim aqui fazer.

   Ele agarrou meu cabelo e levou em direção ao seus mamilos e fez sentir aquele seu cheiro forte e bom de homem.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO











O Dono do Meu Corpo [+18]Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt