Capítulo 05

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Tudo o que eu menos quero é lembrar do que aconteceu naquela casa, tudo o que eu menos quero é ter que dizer a alguém o que passei lá

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Tudo o que eu menos quero é lembrar do que aconteceu naquela casa, tudo o que eu menos quero é ter que dizer a alguém o que passei lá. É doloroso, parece que sempre arrancam algo de mim quando lembro daquele homem fazendo tudo aquilo com a gente, é doloroso saber que quem deveria me proteger apenas me jogou nos braços dele como se fosse a melhor coisa do mundo, é ainda mais doloroso saber que todas as vezes que pedi ajuda para a pessoa mais próxima, ela me fez achar que aquilo era normal e que eu deveria estar grata por estar sob o domínio daquele cara.

Ainda tenho pesadelos com as mãos peludas como aranhas subindo pela minha perna, agarrando meu corpo, falando coisas nojentas que fazem meu estômago revirar. Sinto vontade de arrancar a minha pele quando me lembro dele dizendo que a minha pele é macia, de como ele gosta do meu cheiro, de como ele adora me ver tremer de medo sempre que ele entrava no meu quarto e mandava que me segurassem para ele conseguir o que queria. Eu realmente me senti aliviada quando descobriram que meu útero não serve para nada e mesmo que eu tenha levado uma surra por isso, foi só assim que me libertei e encontrei as pessoas que estão me ensinando como ser amada mais uma vez.

—Nem sempre estive as mãos daquele crápula, antes eu era feliz com a minha mãe, mas minha avó nos colocou para fora por conta do padrasto da minha mãe, que vivia dando em cima dela. Fomos até uma igreja onde o demônio nós esperava do lado de fora, minha mãe esperava que conseguíssemos ajuda naquela igreja, mal sabia eu que iríamos entrar no inferno.—minha voz saiu trêmula, enquanto eu falava para Ten, o investigador responsável pelo meu caso.—Klaus iludiu a minha mãe, ela disse que seríamos felizes, que ela teria um lar, que seria amada e que nós duas teríamos uma família, mas na verdade ele só estava nos levando para um harém que ele criou, onde ele abusa de todas e se acha o deus.

Droga! Só de lembrar disso já sinto meu estômago embrulhar.

Minhas mãos tremiam e eu senti quando Jisoo segurou minha mão com força, enquanto passava a mão em meu rosto.

—Podemos fazer uma pausa...

Me levantei da cadeira rapidamente e corri para a lixeira, vomitando como sempre acontece quando lembro de toda aquela nojeira, até que senti a bile subir e a sensação horrível de queimação por dentro. Ouvi uma correria e logo alguém estava segurando meus cabelos. Senti sua mão deslizando em minhas costas, me confortando.

—Shhh... tá tudo bem, se acalme...—Jisoo fala calmamente e eu suspirou.

Eu me sinto tão bem com elas, não preciso falar que preciso de algo, elas sempre estão aqui para me ajudar no que for e me dar carinho sempre que possível. Consigo notar que Rosé ainda é um pouco distante de mim, mas mesmo assim ela sempre está disposta a me acalentar quando necessário.

—Calma, querida.—Jihye,a irmã da Jisoo, disse enquanto Jisoo me ajudava a levantar e limpar a boca com um guardanapo.—Se quiser parar por hoje, podemos falar com o Ten para virmos outro dia.

Quand l'amour trouve une maisonKde žijí příběhy. Začni objevovat