Quando a vida das quatro mulheres começa a se tornar monótona e sem desafios, Lalisa encontra uma adolescente inconsciente e traumatizada. Determinada a ajudar a menina, as quatro mulheres decidem adotá-la e, juntas, aprendem o que realmente signifi...
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POV Rosé Park Kim Manobal
Já é noite e nada da gente encontrar Aheyon. Chiquita está chorosa em casa com Tzuyu, Haerin e Hyein estão procurando ela pelas ruas próximas de bicicleta, Hanni e Minji estão ligando para algumas pessoas que acham que tem noticias dela, Lisa e Jennie estão na casa dos pais da Aheyon falando com eles sobre o sumiço dela, Soojin e Jihye estão resolvendo as coisas que não podemos resolver, o resto da nossa família está junto na busca e eu estou com Love e Hank procurando por ela na pequena floresta perto do bairro.
—Aheyon!—gritei por ela.—Apareça! Você está fazendo a minha filha chorar e a minhas esposa grávida ficar nervosa, eu deveria deixar você sem ver a minha menininha.—falei com um pouco de raiva.—Momo está preocupada com você...
Love me puxou com força para um lado e Hank começou a correr junto ao amigo, a lanterna que eu usava tremilicava em minha mão enquanto eu corria junto com eles. Love parecia nervoso e eu comecei a ficar com medo do que poderia ter acontecido, Love me puxou para um lugar e eu finalmente vi a silhueta da garota, sentada em uma pedra alta. Respirei fundo e tentei segurar Love, que parecia querer correr até ela e a lamber inteira.
—Aheyon!—chamei e ela se virou, suspirando em seguida.—Estamos todos te procurando desde pouco antes das quatro da tarde...— me aproximei e Love começou a cheirar ela.
Apontei a lanterna na direção dela e quase me desesperei ao ver como ela estava machucada.
—O que aconteceu?—perguntei olhando seus machucados.
—São só arranhões...— ela murmurou, fazendo carinho em Love e em Hank.—Eu escorreguei aqui perto.
—Deus...você pode ter quebrado alguma coisa.—afastei seu cabelo dos machucados e peguei uma garrafinha de água que trouxe comigo e rasguei um pedaço da minha blusa, joguei um pouco de água no pano e passei nos machucados do rosto dela—Você não deveria ter saído daquele jeito. Sua tia está desesperada, Chiquita está chorando em casa e...
—Meus pais estão sabendo?
—Eu não sei, Lisa e Jennie estão com eles.—suspirei e me sentei ao lado dela, ainda limpando seus ferimentos.—Olha...eu não sou a pessoa que teria que dizer isso, mas você tem que voltar para a casa doas deus pais.— ela me encarou.—Logo você vai fazer dezoito anos e vai poder fazer o que quiser, sua tia vai te apoiar em tudo e vai te acolher de braços abertos quando você decidir sair de casa. Eu só não digo que você pode ficar lá em casa porquê já me basta ouvir Hanni e Minji no quarto da minha filha...—murmurei e ela riu, mas em seguida ficou séria.
—Eu estou beijando sua filha.— ela falou rapidamente, como se fosse em um ar só.
Meu estomago revirou e eu mordi o lábio.
—Eu sei.— olhei para frente, vendo o enorme céu e a linda lua.—Lisa me contou que falou para Chiquita para não te dar beijos até que você a peça em namoro.—ela suspirou.—Eu não posso impedir nada, eu só quero que ninguém machuque a minha filha. Ela já sofreu muito e eu não quero que isso aconteça de novo, só sou uma mãe preocupada e um pouco dramática.— dei de ombros.—Quem pode me julgar?