Quand l'amour trouve une maison

Capítulo 62

POV Rosé Park Kim Manobal

Estar naquele corredor mais uma vez me deixava com os nervos a flor da pele. A sensação que tive da última vez que estive aqui ainda era bem presente no meu coração e doía muito. Dessa vez eu estava sozinha, esperando que alguém aparecesse com qualquer notícia, eu estava sem as minhas outras esposas para me dizer que tudo ficaria bem, que a nossa filha e nossa esposa sairiam de lá bem, que foi só um susto. Um pequeno pesadelo. Mas aqui estou eu, esperando qualquer migalha para saber se minha esposa estava bem.

Eu já nem tinha mais unha para roer e tirava sangue da pele ao redor das unhas. Minha perna não parava um segundo sequer e minha mente ficava repetindo "vai ficar tudo bem", mesmo que meu coração dissesse o contrário. Mina apareceu no corredor e eu me aproximei dela, o que parecia ser uma eternidade.

-Como ela está?-segurei os braços da amiga da minha esposa, que tomou uma grande lufada de ar.

-Sei que deveríamos esperar vocês, mas tínhamos que ser rápidos, a bebê não queria esperar.-ela deu um pequeno sorriso.-E Lisa disse que tínhamos que fazer o que fosse preciso para salvar a criança...fizemos um parto de última hora...

-Ela não estava nem com sete meses, Mina!-falei desesperada.

-Não tinha mais o que fazer, Roseanne!-a mulher me encarou.-As duas poderiam ter morrido se não fizéssemos o parto!

-Você fizeram o parto?-a voz de Jennie soou atrás de mim e eu a olhei rapidamente, voltando a olhar para Mina.

-Lisa nos disse que podíamos fazer de tudo para salvar o bebê...

-Mina, por tudo que há de mais sagrado. Pare de enrolar!-clamei e ela suspirou.

-Lisa está bem, está sendo levada par um quarto, mas a bebê...ela vai ter que ficar na encubadora, ela é pequena demais e algumas coisas não estão desenvolvidas ainda.

Aquilo fez o ar voltar para os meus pulmões. Minha esposa e minha filha estão bem...

-Infelizmente vocês não podem ver a bebê agora, ela é muito frágil e nós estamos fazendo de tudo para que ela continue se desenvolvendo para ficar com vocês.-Mina continuou, mas eu só consegui me sentar em uma das cadeiras ali e chorar de alívio.

Eu estava com tanto medo, tanto medo...

As meninas continuaram a conversar com Mina, enquanto eu ficava ali, divagando. Em poucos minutos nossas famílias chegaram e Alice rapidamente veio até mim, se sentando ao meu lado e pegando minha mão. Vovó se sentou ao meu lado, segurando minha mão que já era segurada por Alice e puxou uma oração, que nós a acompanhamos. Meus olhos estavam fechado com força, enquanto eu pedia com toda a minha fé que minhas garotas ficassem bem.

-Lisa quer ver vocês.-Mina chamou nossa atenção.

Rapidamente eu me levantei e segui a médica, sem olhar se minhas outras esposas estavam me seguindo. A porta foi aberta e eu pude ver Lisa deitada na cama de hospital, com um soro em seu braço e um pequeno sorriso. Caminhei rápido até ela, sentindo as lágrimas correrem mais grossas pelo meu rosto, enquanto eu pouco me importei e a abracei como se minha vida dependesse daqui.

-Eu estou bem, meu amor.-Lisa afagou minhas costas e eu chorei mais.

-Por favor, não faça isso de novo...-chorei mais e senti quando nossas esposas nos abraçaram.

-Tudo bem, eu prometo.-falou e eu suspirei aliviada.-Vocês já viram ela?-Lisa não me soltou, mas falou com nossas esposas.

-Mina disse que ela ainda muito frágil e que não podemos ver ela ainda.-Jisoo respondeu. -Mas aposto que ela é linda como você.

Eu não conseguia sair do lado de Lisa em nenhum segundo. Jennie conferia se nossa esposa estava bem agasalhada e se estava com fome, Jisoo falava com nossa família do lado de fora do quarto depois que Chittiph veio ver a filha. Nossa sogra estava nervosa e só se acalmou quando Mina explicou como tinha sido tudo e que nada daquilo afetaria Lisa de alguma forma.

Minha poltrona estava praticamente colada na cama da minha esposa. Meu coração ainda não entendia que minha esposa estava bem, ele ainda estava desesperado com a possibilidade de aquilo ser uma loucura da minha cabeça e minha esposa estar muito mal. Senti a mão quente segurando minha mão com um pouco de força. Olhei para minha tailandesa, que tinha um sorriso lindo no rosto, que fez meu coração errar algumas batidas, enquanto ela se ajeitava mais um pouco na cama, se aproximando de mim.

-Amor...

-Lili...

-Está tudo bem. Nós estamos vivas e estaremos ao seu lado.-falou baixo e beijou minha mão.-Que tal me ajudar a pensar em um nome para ela? Sei que podemos pensar em um nome bem bonito, algo que signifique algo como um milagre ou uma graça divina, assim como o de Hyein.-ela sorriu.

Meu coração disparou, mas dessa vez de felicidade e não de medo. Ela estava ali, não era só uma miragem...ela não se foi como a minha mãe se foi...Lisa ainda é minha, ainda está comigo.

-Rosie vai pensar no nome?-Jennie perguntou com um sorriso e praticamente se deitou na cama, em cima das longas pernas de Lisa, mas sem por seu peso alí. Ela tinha um sorriso fofo e nos olhou.-Deveria ficar com ciúmes?

-Claro que não!-Lisa riu.

Jisoo entrou no quarto com um sorrisinho.

-Estamos muito felizes agora? Depois do enorme desespero da gente?-ela perguntou se aproximando da cama.-Eu consegui convencer Mina de trazer pelo menos uma foto da nossa menina, para sabermos como ela é e para mostrarmos para nossas filhas.-ela pegou o celular e mostrou as fotos que Mina tirou, me fazendo sorrir.

-Olhe o tamanho daqueles pezinhos.-Jennie disse colocando a mão na frente da boca e eu abri um enorme sorriso.

-Nunca chegamos até aqui...-Lisa sussurrou e nós a olhamos.

-Lili...-segurei sua mão.

-Olhe o tamanho desses pezinhos e dessas mãozinhas...será que vamos saber cuidar dela?-seus olhos estão cheios de lágrimas.-Podemos colocar essa foto em um quadro? Temos que colocá-la no álbum de família também.

Sorri e beijei o rosto da tailandesa, que fungou algumas vezes. Ela tinha razão, aquela era a foto mais linda que eu tinha visto até agora.