Quando a vida das quatro mulheres começa a se tornar monótona e sem desafios, Lalisa encontra uma adolescente inconsciente e traumatizada. Determinada a ajudar a menina, as quatro mulheres decidem adotá-la e, juntas, aprendem o que realmente signifi...
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Ok, talvez eu seja a mãe que vai estragar a filha...mas ela é tão fofinha encantada com todos aqueles brinquedos.
Desde que descobrimos que ela tem infantilismo, temos conversado bastante com a psicóloga e ela nos instruiu a apenas seguir o fluxo e que uma hora ela iria voltar a ter a idade normal dela. Saber disso me deu ainda mais vontade de mimar Chiquita e trata-la como um bebê.
Chiquita andava com alguns ursos nos braços e eu a seguia com vários vendedores da loja que carregavam os brinquedos que até eu mesma escolhi por achar que ela gostaria.
—Jisoo! —Jennie repreendeu ao me ver colocar mais um brinquedo na cesta que um dos vendedores.—Deixe que ela escolha!
—Mas...—fiz biquinho e senti alguém tocar minha bochecha com o indicador.
—Fofa!—A neozelandesa disse ao meu lado.—Sei que está empolgada, mas deixe a menina escolher e...—ela parou de falar encarando algo.
Jennie e eu seguimos o seu olhar e juro que quase morri de amores ao ver a cena. Os olhos da nossa pequena brilhavam enquanto ela encarava as várias chupetas expostas, seus braços apertaram ainda mais o urso de pelúcia e ela mordeu o lábio inferior, era possível ver a dúvida em seus olhos. Balancei as mãos algumas vezes dispensando os vendedores, me aproximei dela e me abaixei ao seu lado, ainda vendo como ela travava uma batalha interna.
—Filha...—a chamei e pude ver ela prender a respiração, se virando quase lentamente em minha direção.—Você pode escolher o que quiser. Qualquer coisa... nós não vamos brigar com você ou dizer não.
—Pode pegar a que quiser, meu amor.—Rosei estava do seu outro lado e segurava sua mão.—Olhe, essa toda colorida parece com você.—ela sorriu para Chiquita, que ainda me encarava.
—Filha, escolha a chupeta que você quer.—falei e ela finalmente deu um sorriso e se virou para as chupetas, pegando a que Rosie disse e mais algumas.
—Você quer mamadeiras também? Nós podemos comprar.—Rosé fez carinho em sua mãozinha com o polegar, Chiquita acenou com a cabeça e as duas sumiram do meu campo de visão.
—Filha?—Jennie perguntou com a sobrancelha erguida.
—Ela é nossa filha, só não oficializamos, mas é só questão de tempo, afinal, a visita dela e da Lisa àquela mulher já é amanhã e a louca da mãe dela vai abrir mão da guarda. Está quase tudo certo, a assistente social já nos conhece, sabe que cuidamos dela como nossa filha...—Suspirei, estendendo minha mão para ela, que a pegou de bom grado e me ajudou a levantar.—E do jeito que Rosie está rendida por essa menina, não teremos nenhum problema, tudo o que aquela loira quer, dá certo —sorri vendo as duas lado a lado escolhendo uma mamadeira.
Jennie suspirou chamando minha atenção.
—Não estamos indo rápido demais para a Chiquita, não é? Tenho medo dela se assustar...e como vai ser quando ela for para uma escola? Qual escola vamos colocá-la?—ela perguntou nervosa e eu a abracei de lado.
