Quand l'amour trouve une maison

Capítulo 70

POV Lalisa Park Kim Manobal

Mexi o patinho de pelúcia na frente da minha bolinha e ela riu, tentando pegá-lo. Estamos na sala em que Minji trabalha, mas especificamente na mesa da minha filha, olhei algumas coisas e até pedi para uma das secretárias da Jennie para trazer alguns quadros com as fotos da nossa família e da Hanni.

—Olha só quem está aqui...—Hana disse parando ao lado da mesa, fazendo os trabalhadores ao redor, enfiarem mais em seus trabalhos.—Veio ver a titia?-ela pegou minha pequena no colo, olhando bem nos olhos da pequena, que sorriu e agarrou o colar caro da tia avó, que apenas riu, como se aquilo não valesse mais do que nossa casa.—Vieram ver a mommy?—ela falou com uma voz fofa, me fazendo rir.

—Viemos dar uma lição em uma pessoa...— comentei e ela assentiu.

—Já entendi...vou falar com a minha secretária, use meu apartamento no centro.—ela sorriu.—Não esqueça de cobrar aluguel.— ela piscou para mim.—Você se importa se eu sequestrar essa pequena por enquanto?

—Pode sim.—sorri e vi a irmã da minha sogra se afastando com a minha filha, falando de forma fofa.

Não demorou muito para que minha filha mais velha aparecer com vários papeis e uma cara cansada. Ela me viu e ficou tensa, caminhando devagar em minha direção. Eu conhecia aquela menina como se tivesse saído de mim, ela estava doente e não disse para a Hanni. Tsc, garota teimosa.

—Mama...

—Você está gripada?—perguntei e ela suspirou.—É, eu percebi...eu não vou conversar com você como suas outras mães, vamos fazer uma coisa diferente...e antes que você diga que isso é muito ruim, eu falei com a nossa psicóloga e ela disse que poderia ser uma boa situação.— me levantei.—Quando seu trabalho acabar, passe na sala da sua mãe Jennie, estarei lá te esperando.

Ajeitei o carrinho e ela o encarou.

—Não esqueça, eu vou estar te esperando.

—Você tem certeza disso?—Jennie perguntou, tirando os olhos da tela do computador.

—Foi uma boa forma que sua avó te ensinou a ver que as coisas não são fáceis...—suspirei e me encostei na cadeira da sala da minha esposa.—Ela está doente...

Jennie se levantou rapidamente, já pegando o celular para ligar para Mina, mas eu o tomei de sua mão.

—Fica tranquila, Jennie, eu vou cuidar dela.

—Mas você e Lise também podem ficar doentes...

—Tudo vai ficar bem.— beijei sua bochecha.—Agora ligue para a sua tia devolver a nossa filha.—falei e ela riu.

Jennie e eu ouvimos alguns toques na porta e vimos Minki ali, nos olhando, enquanto Jennie brincava com Lise, que estava no carrinho. Sorri para a nossa filha e vi como Jennie ficou mexida com a nossa filha ali. Eu sabia por cima como estavam as coisas na empresa, Minji evitava Jennie ao máximo e minha esposa só a via de longe, se sentindo mal com aquilo.

—Entre, venha ver sua irmã, ela precisa ter contato com você.—ordenei e ela veio rápido, de cabeça baixa. Minji se sentou ao meu lado e Jennie pegou Anelise no colo, apontando para Minji.

—Diga 'oi' para sua irmã, Lise.—Jennie disse e a bebê fez barulhinhos fofos, nos fazendo sorrir.

—Agora diga tchau para a sua mommy, porque vamos resolver algumas coisas importantes com sua irmã.— falei e Jen virou a bebê para ela, beijando as bochechas gordinhas da menina, que gargalhou e agarrou o rosto da mãe com as mãozinhas babadas.—Agora vamos.

Ajeitei a pequena no carrinho novamente e entreguei ele para Minji, que olhou sem ter certeza, mas fez o que eu pedi. Me virei para minha esposa e beijei seus lábios, explicando que tudo daria certo e que nos veríamos depois de dois dias. O segurança de Hana nos esperava do lado de fora e nós três entramos no carro.

—Para onde vamos?—Minji perguntou enquanto eu me certificava que Lise estava bem.

—Vou te mostrar nesse fim de semana que nem tudo são flores e que suas mães querem o seu bem.

—Mais disso?—ela suspirou.

—Até você entender.—respondi ainda focada em Lise.—Só que dessa vez eu não vou conversar com você.—sorri olhando para ela.— Sua bisa ensinou uma coisa para a sua mãe quando ela era mais nova e  eu acho que pode funcionar para você.

O motorista continuou a seguir o caminho e eu mandei algumas mensagens para Rosé, confirmando o nosso plano. Finalmente chegamos em frente ao prédio que Hana disse que emprestaria, era o prédio que ela foi morar antes de conseguir fazer a empresa fazer sucesso, era um prédio simples, mas aconchegante, com certeza serviria para o que eu queria.

O segurança tirou as malas que Hanni mandou para Minji, mas eu o parei, dizendo que levaríamos e que ele poderia ir embora. Ele me entregou a chave e se despediu, entramos no prédio e seguimos para o apartamento que era da irmã da minha sogra. O lugar ainda era o mesmo em que nós quatro nos encontrávamos nos fins de semana, pouco antes de nossas famílias saberem de nosso relacionamento.

—O que estamos fazendo aqui?—Minji perguntou e eu sorri, colocando o carrinho de Lise ao lado do sofá.

—Vou te ensinar como ser sozinha não é fácil.—Dei uma olhada na cozinha e vi que a geladeira estava cheia.—Você ainda teve sorte, sua tia deixou a geladeira cheia...Bom, você vai ser a mãe da Lise pelo fim de semana inteiro e cuidar de tudo, sem a minha ajuda ou a ajuda das suas mães.—falei e ela franziu o cenho.—Se conseguir sobreviver sem a minha ajuda, eu e suas mãe não vamos mais insistir em você voltar para casa.

—E se vocês ganharem, eu volto?—ela disse como se fosse obvio e eu sorri.

—Isso...podemos resumir a isso...

Minji suspirou e olhou em volta.

—Tudo bem. Aceito o desafio...

Agora é só esperar que tudo vai dar certo. E então minhas esposas vão estar me devendo uma boa grana!

Será que agora a Minji toma jeito?