Quando a vida das quatro mulheres começa a se tornar monótona e sem desafios, Lalisa encontra uma adolescente inconsciente e traumatizada. Determinada a ajudar a menina, as quatro mulheres decidem adotá-la e, juntas, aprendem o que realmente signifi...
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—Me desculpa...—a voz fraca de Minji soou no meio da madrugada, tirando a minha atenção do tablet.—Eu prometo que vou arrumar um emprego e ir pagando tudo o que vocês estão gastando aqui.
Respirei fundo e deixei o tablet de lado, enquanto ouvia a chuva bater contra as janelas de vidro no quarto. Minji estava na cama, ligada a alguns aparelhos e com soro na veia, ela parecia ainda mais pálida do que da última vez que eu a vi no churrasco de família, onde ela quase não tocou na comida, mas perguntou se poderia levar um pouco para a sua irmã e ela comerem durante a semana, é claro que minha mãe e as vovós encheram várias vasilhas para que elas levassem, mas eu suspeito que ela não comeu nenhum pouco daquela comida.
Hyein não nos explicou muito o que aconteceu, ela só chorava e eu tentei acalma-la até que chegássemos ao hospital, e como Rosé não gosta de hospitais, eu fiquei com a menina. Estou aqui há dois dias, esperando que os vários exames que ela fez saia o mais rápido possível. Durante esses dois dias ela mal falou comigo ou com as meninas, além do básico e pouco falou com os policiais que vieram falar com ela. Hanni estava aqui todos os dias depois da aula e ficava com ela até a hora que seus pais passassem aqui para levá-la para casa. Jennie teve uma conversa com os dois e eles contaram o pouco que sabiam, que a mulher tinha vários relacionamentos e que os pais das meninas não queriam saber delas, até porque os dois tinham casamentos consolidados e uma filha seria um caos, contaram que o pouco dinheiro que os pais mandavam para as meninas, a mulher ficava com tudo...tivemos que ter muita força para controlar Jisoo.
Meu sogro está resolvendo algumas pendências e eu quase não sei de nada. Chiquita não me ligou ou mandou algum recado por Jennie ou Jisoo, isso me deixou arrasada. Hyein está na nossa casa e as meninas disseram que estão tendo problemas para alimenta-la, nem mesmo vovó Keko consegue fazer a menina comer mais do que três colheres.
—Você não tem que pagar nada, ursinho.—Sorri, me aproximando e me sentando na ponta da cama, passando o braço pelo ombro da garota, fazendo de tudo para que nada saísse do lugar.—Estamos fazendo tudo porque gostamos de você e da sua irmã...vocês podem ficar na nossa casa por tempo indeterminado. Cuidaremos de vocês como nossos bebês...agora que tal dormir um pouco? Eu estarei aqui com você quando acordar.—ajeitei suas cobertas e sorri quando ela encostou a cabeça no meu peito, descansando. Acariciei seus cabelos enquanto cantarolava.
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