Olhos Nos Olhos

006

— puta merda! – ouvi next dizer, enquanto eu soluçava.

Pedro era realmente bom pra mim. Ele era legal, sempre me chamava pra ver ele jogar. Nunca nem se quer êxitou em ficar comigo quando eu tava péssima...ele realmente era um bom namorado, diferente de muitas pessoas que eu já namorei ou fiquei.

Ele era o Arthur 2.0. mais ao mesmo tempo, ele e o Arthur eram diferentes.

— vem cá, senta aqui. Me conta isso. – bak me levou pro sofá, me fazendo senta no meio de Arthur e next. — respira, e me conta com calma. – ele acariciou o meu rosto.

Arthur se levantou do sofá rápido, saindo da sala. Bak e next me olharam com atenção, esperando uma resposta minha.

— tenta ficar calma, tá? – next tirou um pouco de cabelo do meu rosto.

Vi Arthur entrar na sala com um copo de água e me entregar, se sentando do meu lado. Bak se sentou no sofá, fazendo um carinho na minha perna.

Tomei a água com calma, e entreguei um copo de volta pro meu ex, que tinha uma cara de preocupado, que nem o meu melhor amigo e o meu irmão.

— ele te traiu? – bak perguntou, e vi ele trocar olhares com os dois ao meu lado.

— não. – encarei as minhs mãos. — ele teve um rolo com essa mina aí, antes da gente ficar e acabar namorando. – funguei. — ele disse que não teve traição. E isso eu acredito. Também falou que os melhores momentos dele foram comigo. — começei a chorar de novo e next me abraçou.

— não fica assim clara...talvez fosse o melhor pra você. – meu timão falou, enquanto eu soltava next.

— melhor pra mim? Ele realmente me fez bem. Vocês nem gostavam dele, ele fez de tudo pra ser amigo de vocês e vocês cagaram e andaram pro garoto. – cruzei os braços. — talvez fosse melhor? – dei de ombros incrédula.

— a culpa não é nossa...se vocês não deram certo. – meu melhor amigo falou, e escutei a porta principal bater.

— é...mais poderiam ter se esforçado a gostar dele. Se vocês quisessem o meu bem. Pelo o menos conversasse com ele, quando ele tentou ser amigo de vocês. – olhei pro next que desviou o olhar.

— oxi, quem morreu? – escutei a voz da namorada do Arthur, e a olhei séria.

— vamo subir...– meu irmão falou em um quase sussurro, enquanto o seu melhor amigo se levantava.

— por que a sua ex que é chifruda, tá chorando? – a tal Bruna falou, me fazendo revirar olhos.

Ah, lembrei agora! Foi o único relacionamento bom, que eu não tomei chifre.

— cala a boca porra! – Arthur falou sério, enquanto segurava o pulso da garota e saia da sala.

Meu celular começou a tocar e vi que era Malu. Bloqueei a tela e deixei meu celular em cima do sofá, já sentindo meu olhos arderem de novo.

Arthur'
Fernandes.

— você tá me machucando. – escutei a garota reclamar pela a segunda vez.

Entrei no meu quarto puto da vida e fechei a porta contudo, fazendo ela se assustar.

— não sabe fechar a boca um momento não? – cruzei os braços.

— ué, eu só tá falando a verdade. – ela foi até a minha cama, enquanto dava de ombros.

— não. Você não ta falando a verdade. – andei de um lado pro outro.

— por que essa preocupação toda? Tá a fim de voltar com ela Arthur? – ela cruzou os braços.

Sim!

— não! – a encarei sério. — mais mentir em um momento daquele? Fala sério cara.

— mais tomou chifre, não tomou?

— não porra! E você sabe que eu não fiquei com você naquele dia. Pra falar a verdade, por que a gente ainda tá junto cara? – a garota relaxou a sua postura um pouco.

Andei até a minha cadeira enquanto encarava o chão.

— como assim? – olhei para a garota que estava se levantando. — a gente se ama. Nosso relacionamento tá bom, não tá? – ela andou até mim.

— não Bruna. Não tá nada bem. – cruzei os braços. — um relacionamento tem que ter confiança.

— a gente tem confiança um ao outro. Não tem? – ela ficou em minha frente, com os braços cruzados.

— não. Não tem Bruna! Qual foi o último dia em que a gente teve uma conversa decente? Sem briga? – cruzei os braços.

— sei lá. – ela desviou o olhar, me fazendo revirar os olhos.

— se eu pegar o seu celular agora. Eu não vou ver nenhuma conversa sua com nenhum cara, ou vai? – olhei nos olhos da garota.

— não vai.

— então me dá o seu celular.

— eu não presico te dar o meu celular. Confia na minha palavra. – ela segurou o meu rosto. — eu não tenho nada pra esconder...agora, você tem?

— puta que pariu. – tirei as mãos da garota do meu rosto, me levantando da cadeira.

— Arthur!

— viu? Você tá simplesmente virando o jogo. Quer jogar esses papo pra cima de mim, pra pegar o meu celular e pegar qualquer brecha pra gente brigar de novo.

— Arthur! – ela sentou na minha cadeira com os braços cruzados.

— Arthur? Meu deus Bruna. Eu tô simplesmente quase pedindo demissão,por que eu não tô aguentando mais nada cara! Nosso relacionamento tá horrível. E toda essa merda, é culpa sua.

— você só quer arrumar qualquer coisinha pra terminar comigo e ir correndo pros braços da clara. – Bruna falou com a mão no rosto, me fazendo revirar os olhos.

— não Bruna. Isso não tem nada a ver com a clara. Tem a ver com a gente. Nosso relacionamento não tá bem. – andei até o meu guarda roupa.

Arrastei a porta do guarda roupa, passando os meus olhos pela roupas. Peguei as blusas da bruna, não só blusas, como shorts e moletons, que eu tinha dado de presente pra ela.

— o que você tá fazendo?

Voltei lindas 😎🤝🏻
Amanhã já tem iskola dnv 😿