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— é eu sei. Mas ela simplesmente não sai da minha cabeça. Eu juro pôr tudo. Eu tentei de tudo. Eu saí, eu beijei outras bocas eu bebi, mas nada adiantou. – ele esfregou suas mãos em seu rosto. — o cheiro dela, o toque dela, o perfume dela, continuam presos na minha cabeça, Clara. Parece que eu nunca vou esquecer ela, e eu só me magoo mais, e me culpo mais.

— ei! – chamei sua atenção, dando batidinhas leves em sua coxa, para o garoto olhar em meus olhar. — vai ficar tudo bem. Acredita em mim. – sorri sem mostrar os dentes.

— você acha que ela me ama? Você acha que ele me amou? – seus olhos marejaram.
— como eu agente ia dar certo também? – ele riu em tom irônico, olhando pra suas mãos. — ela é bem de família totalmente diferente da minha. O pai dela é um dos melhores advogados de são Paulo. A mãe é médica e eu? Eu sou um idiota! – ele suspirou. — ela tem que dar orgulho pros pais dela. Diferente de mim, que qualquer merda que eu fizer na rua, vou parar na merda da delegacia na sala do delegado Andrade.

— para com isso Matheus! – bati em seu braço, o fazendo limpar as suas lágrimas.

— Mas é isso mesmo, Clara! – ele me olhou com seus olhos vermelhos. — não era isso que o país ela queria? Que a filha deles casasse com um garoto que tinha tudo pra dar certo no futuro...eu não sei nem onde eu vou cair morto. – ele deu de ombros. — meu pai deve tá cheio de mim já. – o garoto fungou.

— no fala isso Matheus...o tio paulo não é um monstro.

— ele não é. Mas eu só tô tentando dizer, que ele já deve tá cansado de mim, Clara. Eu presico tomar um rumo pra minha vida. – ele limpou suas lágrimas, que escorriam para a sua bochecha. — eu faço 18 e não vai demorar. Eu presico começar a dar orgulho não só pra ele, mas pra minha mãe também.

— você da muito orgulho pra eles! – segurei o seus rosto.

— meu pai me prendeu hoje. – sua voz saiu falha. — na verdade, ele limpou a minha barra.

— o que você fez Matheus? – arqueei uma sobrancelha, cruzando os braços.

— fui pra uma festa, esquecer de tudo. Conheço e vi alguns amigos que eu tinha, quando eu ainda era da farra. – concordei com a cabeça, pedindo para ele continuar.
— só que essa festa rolou até altas horas. Eu cheio de bebida na cabeça, tava com o carro do meu pai. Fui pego na blitz e me mandaram pra delegacia, onde o senhor Andrade me comeu no esporro.

— pelo o menos o carro tá com você. E ainda bem que essa blitz te parou. Imagina tu atropela alguém? – bati de leve em sua cabeça. — isso fez com que seu pai te comesse no espero e te desse um choque de realidade né? – ele concordou com a cabeça.

— cresce Matheus. Eu não posso ta limpando sua barra não moleque. Pensa no que você quer pra sua vida garoto. Eu juro pôr tudo, que na próxima que tu encostar aqui, eu fingo que não te conheço. – ele suspirou. — as próprias palavras dele.

— Ele só tava bravo, cara! – dei de ombros. — mas também, eu to com ele. – seus olhos que estavam na minha cama, se encontraram com os meu. — segue sua vida. Faz o que você gosta. Cursa o seu curso e tenta esquecer ela. Eu sei que você vai achar uma pessoa maravilhosa. – sorri de lado.

Eu realmente queria ajudar ao máximo. Eu sabia que lá em baixo estaria uma fofoca sobre o que estávamos fazendo aqui em cima. Eu também sei que o namoro é prioridade. Mas também não vou largar as minhas amizades, e ficar só naquilo.

Mesmo que existe o para sempre. As vezes nunca é. As vezes amizade são para sempre e namoros não. Eu nunca séria a pessoa que terminaria amizade por conta de namoro, mas seria a pessoa que seria trocada por namorado.

Matheus olhou em meus olhos, agora seus olhos não tinha uma gota de lágrimas. Apenas o avermelhado. Ficamos por breves segundos assim, até os seus olhos irem para a minha boca. O quarto desse vez parecia pequeno de mais, meu peito subia e descia. Quando o percebi que estava se aproximando, então, me afastei.

— Matheus....eu namoro cara. – olhei em seus olhos castanhos.

— merda  – ele negou com a cabeça rapido. — desculpa, eu não queria. Acho melhor eu ir embora, né?

Arthur'
Fernandes.

— não, não,não! – andei de um lado pro outro. — isso não pode tá rolando. – passei ae mãos em meus cabelos.

— irmão, calmô! – vt tentou me tranquilizar, enquanto bak ria.

— como ela consegue, subir com um cara que eu nem conheço, e se trancar no quarto dela, mesmo namorando? – parei no meio da sala, com a mãos na minha cintura, indignado. — eu vou infartar.

— ou! Calma mano. Tu ta aparecendo aqueles pai, quando a filha trás o primeiro namorado pra casa. – jaya me olhou me fazendo suspirar pesado.

— você também não tem direito de fica com ciúmes não cara. Tu não tava conversando com outra? – bak cruzou os braços.

— merda Gabriel! - me sentei no sofá, passamos as mãos no rosto. — eu não conversei nada de mais. A Clara viu as mensagens. Mas isso não dá o direito, dela vir e se trancar no quarto com outro cara, mesmo namorando.

— é só um amigo cara! Relaxou. – vt bateu em minhas costas de leve.

— eu conheço ele. Relaxa, ele namora. – bak me olhou com um sorriso. — se bem que que ela disse, que ele terminou, na festa de aniversário da sara.

— Arthur corno! – jaya riu alto, me fazendo negar com a cabeça.

— aí Matheus, eu acho que eu te amo! – bak fez voz fina.

— você quer me beijar? – jaya fez o mesmo, me fazendo manda dedo do meio prós dois.

— se a Clara vir também com o papo de me ignorar. Vou mandar tudo nos ares e vou ignorer também. – dei de ombros.

— para né thur! Deu meia noite, tu tá na porta dela, por não conseguir dormir.

— para né thur! Deu meia noite, tu tá na porta dela, por não conseguir dormir

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