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Meus olhos foram abertos rápidos, meu corpo deu um pulo, e rapidamente virei meu rosto. Eu estava no meu quarto? Então tudo isso tinha sido um sonho?

Me sentei na cama, tentando puxar o ar. Meu coração mais acelerado que o normal e minha cabeça girando. Parecia que o quarto escuro estava ficando pequeno a cada segundo. Meu estômago embrulhou, quando imagens do sonho invadiram a minha cabeça.

Me levantei da cama com certa dificuldade, enquanto tudo a minha volta dirava. Eu precisava de ar fresco, parecia que eu ia morrer a qualquer momento. Quando minhas mãos chegaram na massaneta, eu abri a porta rápido, sentindo a claridade do corredor.

Escorei na porta com a mão, enquanto minha cabeça estava baixa. Meu ar tinha faltado e quando tentava puxa-los, meus pulmões doiam. Uma certa vontade de vomitar acertou diretamente a minha garganta. Passei minha mãos na minha testa, sentindo a molhada.

- clara? Você tá bem? - a voz do meu irmão entrou nos meus ouvidos, abafada.

- eu...- tentei achar a palavra certa. - eu só presico...- tentei falar, mas me dequilibrei e minha visão escureceu.

Arthur'
Fernandes.

- cara tô te falando. Ela é responsa. - vt falou do outro sofá, enquanto jaya ria do meu lado.

- sei. - jaya negou com a cabeça.

- alguém me ajuda pelo o amor de Deus! - ouvi bak falar alto, o que fez todos nós olharmos pra a escada, onde ele estava descendo com a Clara nos braços.

- o que rolou? - vt perguntou se colocando de pé.

- eu não sei, eu não sei. Ela só desmaiou. - ele falou rápido, vindo até nos.

- coloca ela aqui. - pedi batendo no sofá e jaya se levantou rápido.

Bak rapidamente colocou a garota deitada no sofá e a sua cabeça no meu colo, que me fez olhar cada ponto do seu rosto com atenção.

- Clara? - chamei a garota tocando no seu rosto. - Clara?

- ela só desmaiou? - vt perguntou e bak concordou rápido.

- ela tá suando pra cacete e tá quente. - olhei pros meninos e bak cruzou os braços.
- o coração dela tá acelerado, até de mais.

- deixa eu ver. - vt aproximou sua mão.

- não toca! - bati em sua mão, fazendo Jaya rir.

- credo, só queria ver se tava muito acelerado. - vt cruzou os braços.

- será que foi alguma crise? - bak perguntou se sentando no sofá.

- ela tem crises? - jaya perguntou o olhando.

- tem, mas não são frequentes. São só as vezes. - respondi o olhando.

- ela comeu alguma coisa hoje? Ela tá meio pálida. - vt falou e eu encarei o meu cunhado.

- não olha pra mim. Eu não sei.

- você é o irmão dela.

- e você o namorado. - ele deu de ombros.

- quer que eu faça respiração boca a boca? - jaya perguntou.

- ninguém vai beijar a minha namorada! - o olhei indignado.

- ela tem tá afogada! - vt respondeu.

- ele quer a sua mina thur. - bak falou rindo, me fazendo revirar os olhos.

- não! Eu quero o thur. - jaya mandou beijo pra mim, fazendo bak rir mais.

- meu Deus! A mina tá desmaiada, vamo deixar as brincadeiras pra outra hora? - vt falou incrédulo.

- desculpa...- jaya riu baixo. - agora falando sério, não é melhor tirar a blusa de frio dela não?

- verdade! - bak se aproximou.

- calma! - parei o garoto que me olhou confuso. - e se ela tiver sem nada por baixo? - mordi a bochecha.

- cacete...- bak se afastou.

- cara, quatro homens aqui e ninguém sabe fazer nada, meu Deus! - vt bateu sua mão na testa.

- vê você, thur! - bak me olhou com as mãos na cintura.

- por que eu?

- por que você é o namorado dela. Anda logo. Moleque medroso. - bak cruzou os braços.

- eu coloco a mão ou só olho? - perguntei e ouvi jaya rir alto.

- você não vai pôr a mão né Arthur. Meu Deus! - bak negou com a cabeça.

Abri um pouco a blusa garota, arrastando a gola um pouco pro lado e vi que a garota estava com uma regata branca.

- tá, ela ta com blusa. - respondi abrindo a blusa da garota, mostrando a sua regata branca.

- por que a minha irmã tá com um chupão na barriga moleque? - bak acertou um tapa na minha cabeça.

- tá doente cacete? Eu deixei chupão nenhum não, você e daltônico agora? Chupão é vermelho? - o olhei rápido.

- vou por uma regra pra você não dormir mais com ela. - ele cruzou os braços.

- aqui desgraçado! - mandei dedo do meio.

- cala a boca! Ela tá se mexendo. - jaya falou alto, me fazendo olhar pra garota.

- também, com esse dois falando mó alto, até eu acordo. - vt deu de ombros.

Clara se mexeu no meu colo, fazendo meu coração acelerar. Eu nunca passei tanto tempo sem falar com ela, desde de que voltamos. Tá parecendo que é a primeira vez que eu conheço ela.

Seus olhos castanhos foram abertos com calma. Encarei eles por leves segundos, antes de escutar um berro do bak.

- achei que você tinha morrido, mano!

Por algum motivo, a Clara se encolheu, desviando olhar. Ela se levantou devagar do meu colo, se sentando no sofá.

- você tá bem? - bak perguntou.

- tô...- ela levou a mão até o seu rosto. - eu só...vou subir. - ela suspirou pesado.

- acho melhor você comer alguma coisa. - bak se sentou do seu lado e ela concordou com a cabeça. Ela se levantou e saiu da sala.

Clara
Lessa.

Encarei o meu reflexo no espelho, enquanto eu tentava controlar o meu choro. Tinha acabado de sair do banho e de pentear os meus cabelos. Acho que esse tinha sido o pior sonho da minha vida.

Funguei e suspirei pesado, lavando o meu rosto logo em seguida. Peguei o meu celular em cima da toalha em cima da pia e procurei o número de Malu clicando em ligar.

- oi, Clara do meu coração! - a voz da garota invadiu os meus ouvidos.

- oi, meu amor! - quase sussurrei.

- tudo bem?

- hurum...Malu, eu posso te fazer uma pergunta? - limpei a minha bochecha.

- claro que pode!

- sua mãe parou de me ver como uma má influencia pra você?

- ainda não...na verdade, ela nunca te viu assim. Sempre te elogiou e você sabe disso. Ela só ficou preocupada comigo, por conta da mãe da sara.

 Ela só ficou preocupada comigo, por conta da mãe da sara

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peguei vocês 😔

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now