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— vou só me despedir do jaya. – olhei pra minha tela, onde o jaya estava matando outro cara.

— deixa, que eu me despeço dele pra você. – ele sorriu falso, vindo até mim.

— não!

— por que não? – ele cruzou os braços, arqueando uma sobrancelha.

— jaya tá em live. Uma voz de fundo sua, e o Twitter vai a loucura.

— tá, então vai logo.

— ei jaya, vou ter que te deixar na mão irmão. – desmutei a call, escutando algo cair. — tu tá bem?

— eu cai da cadeira. – ele choramingou.
— minhas costas cara!

— bem feito! – ri baixo, e meu namorado me deu um tapa leve na testa. — vou ter que ir jaya king, até irmão.

— suave, vai lá!

Sai do jogo, e olhei pro meu namorado, que estava encarando a capa do meu livro, em cima da sua mesa.

— ainda bem que é na sua conta. Vai perder ponto. – dei de ombros, desligando o Pc.

Arthur segurou minha mão e me ajudou a levantar, me forçando a andar.

— anda aí! – ele soltou minha mão.

Aos poucos deixei meu pé no chão, e dei um paço. No começo doeu, mas consegui andar, sentindo ainda uma pontada bem fraca.

Arthur veio atrás de mim, e descemos as escadas. Passamos pela a sala e entramos na cozinha. Me sentei na cadeira, e meu namorado tirou do microondas o meu prato, o deixado na minha frente.

— come! – Arthur sentou do meu lado.

— não tô com fome. – tirei o meu celular do meu bolso, o desbloqueando.

— não perguntei. – Arthur puxou meu celular, colocando em sua cintura. — vai logo.

— eu não quero...sério. não tô com fome. – encarei o prato a minha frente.

— você literalmente só bebeu água. Ta acontecendo alguma coisa?

— não...meu estômago que não ta bem hoje. – murmurei, o sentindo embrulhar.

— Fui eu que fiz. Prova!

— se eu comer eu vou vomitar. Serio! – olhei pro garoto, que suspirou.

— tem certeza?  –  concordei com a cabeça.

(...)

Sai do banheiro coçando os olhos. Hoje acordei sem Arthur do meu lado, o que tudo indicou que ele foi pra aula. Denovo.

Desci as escadas, indo pra cozinha, onde vi meus sogros e meu cunhado.

— bom dia! – sorri animada, me sentando onde meu namorado sempre se sentava.

— bom dia meu amor! – minha sogra sorriu, e meu sogro desejou um bom dia, colocando os seus óculos.

— bom dia insuportável! – meu cunhado sorriu forçado.

— você me ama. É impressionante. – peguei o meu suco, fazendo o mesmo revira os olhos.

— Meu amor, eu tava pensando em fazer um bolo a tarde, topa me ajudar? – minha sogra falou, enquanto passava manteiga na sua torrada, e meu sogro e cunhado conversavam.

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now