050

801 75 8
                                    

O carro da minha mãe entrou na rua, de ré. Ryan me ajudou a ficar em pé e pegou os meus dois tênis.

— você vai ficar bem, relaxa! – ele riu baixinho, me fazendo concordar com a cabeça.

— se cuida, Clara! – Matheus me deu um tapinha na testa, me tirando uma risada baixa.

— relaxa, que você não vai presicar ir pro hospital! – Malu falou ao lado de Pedro, me fazendo agradecer aos céus.

Minha mãe parou na minha frente e Ryan abriu a porta do carro. Ele entregou os sapatos para Matheus, enquanto me ajudava a entrar.

— aconteceu uma confusão tia Michele, e acabaram pisando no pé machucado dela. Ele tá meio roxo. – Ryan deixou o tênis no meu colo.

— brigada Ryan! – ela sorriu sem mostrar os dentes, e ele fechou a porta. — tchau gente! – ela deu um tchauzinho e eu fiz o mesmo, subindo a janela. — por que você tá molhada, e chorando? – ela deu partida, me fazendo segurar o choro.

— aí mãe, aconteceu tanta coisa. – minha voz saiu falha.

(...)

— Gabriel, vem ajudar a sua irmã aqui, por que ela machucou o pé e não pode andar sozinha. – minha mãe falou na chamada com o meu irmão, enquanto eu coçava os meus olhos.

— tô descendo. – ele bufou, desligando a chamada.

— não chora Clara, fica tranquila. Tá bom? – concordei com a cabeça.

Minha mãe fez um carinho em minha perna, enquanto minha cabeça ficava apoiada na janela.

O portão foi aberto logo depois, mostrando o meu irmão sem camisa, enquanto olhava pros lados e murmurava de frio.

Abri a porta e ele me ajudou, me segurando firme. Demos a volta no carro até a janela da minha mãe, onde ela a abaixou.

— fica bem meu amor! A mãe vai ter que voltar. Deixei seu padrasto com a bia, que tá péssima. – minha mãe suspirou, entregando o meu tênis pro Gabriel. — amo vocês.

— tchau mãe, te amo! – sorri pra morena.

— te amo! – bak fez o mesmo, e ela saiu com o carro.

Gabriel trancou o portão e andamos até a porta principal, enquanto eu fungava e ele dizia que eu deveria ir com cuidado.

Entramos na casa e ele fechou a porta, e andamos para a sala. Gabriel me deixou no sofá com cuidado, arrumando as minhas costas nas almofadas e meu pé, em cima de uma.

— quer me contar, o que aconteceu? – ele cruzou os braços.

— eu quero o meu namorado! – cruzei os braços.

— seu namorado tá em live, Clara!

— mas tenta chamar ele. – funguei olhando pro meu pé.

Gabriel saiu da sala, enquanto digitava em seu celular, e eu tirei a minha bolsa do meu ombro, a deixando jogada no sofá.

Arthur'
Fernandes.

— ah, para gabe peixe! Fica aqui no meu ouvido falando o monte de coisa. – deixei meu mouse na mesa, cruzando os braços.

— mas, eu tô falando a verdade, pae!

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now