Olhos Nos Olhos

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Arthur'
Fernandes.

Encarei o meu copo de água cheio em cima da mesa. Duas brigas, duas brigas!

- você acha que o bak foi desnecessário demais? - next me olhou, enquanto mexia em seu copo de vidro vasio.

- acho que ele só tava preocupado com a Clara. Ele e a tia Michele passou por muita coisa, quando a Clara nasceu. Bak também era criança, então acho que isso foi acumulando dentro dele, saca? - next concordou com a cabeça.

- e a Clara?

- nenhum sinal. Deve tá dormindo, ou algo do tipo.

Era duas ou uma da tarde. Clara tinha entrado no quarto e não tinha saído mais. O que me fez ligar pra ela, mas sem sucesso. Eu e next almoçamos juntos, minha sogra ficou na sala até dar meio dia, por ai, mas disse que aconteceu um problema com a bia, e ela teve que ir pra escola.

Bak também se trancou no quarto. Já fazia um tempo que os dois não brigavam. E a última briga que eles tiveram, foi por que a Clara tinha comentado que queria cohecer o pai dela. Nesse dia até eu fiquei brigado com o bak.

- acho que eu vou subir. Vou arrumar minhas coisas, não vou dormir aqui
hoje. - concordei com a cabeça, e ele saiu dando tapinhas nas minhas costas.

Peguei o meu celular, entrando no meu whatsapp, mandando mais uma mensagem pra Clara, mas nem chegou. O que me fez bufar.

(...)

- relaxa mãe, eu vou ir sim! - fechei a porta do meu banheiro, indo pro meu Pc.
- a Clara vai comigo!

- a Clara? - ela perguntou totalmente confusa. - por que a Clara vai vir?

- lembra de quando o next, Léozin e o mito foram pra ir, e a gente jogou?

- hurum.

- então, vai ser a mesma coisa. Clara vai jogar, só que o next e o bak ficam aqui.

- ah sim, achei que vocês tinham voltado. Já ia mandar mensagem pra minha nora.

- não,não! Inclusive eu tô namorando!

- garoto, você não espera nada, não? - minha mãe falou rápido, me fazendo rir.
- quando você vai me apresentar ela?

- relaxa Valéria. Logo,logo!

Clara'
Lessa.

Abri os meus olhos devagar, por conta da luz do meu quarto. Tinha me jogado na cama e sem perceber, tinha apagado. Acho que pôr conta do cansaço, do sítio e de acordar cedo.

Cocei o meus olhos e procurei o meu celular na cama, mas não achei. Meu olhos foram pro chão e vi o meu celular, perto do meu guarda roupa.

Com um pouco de preguiça, eu me levantei, e paguei o meu celular, vendo que ele tinha trincado um pouco. Liguei o aparelho, o jogando na minha cama, enquanto eu abria o meu guarda roupa.

(...)

Lavei as minhas mãos de creme na pia, depois de pentear os meus cabelos. Tinha tomado um banho demorado e gelado. Eu tinha que esfriar a minha cabeça. Mesmo, que ela estivesse latejando um pouco.