Olhos Nos Olhos

058

Ja tinha se passada minutos. Mas pra mim, era como se estivesse passando horas. Eu realmente não sabia o que fazer. Se eu subisse e acabasse com essa merda logo, ou se eu ficasse na sala, enquanto vt tentava me tranquilizar e meus dois amigos ficavam rindo da minha cara.

— esse teu estresse tá la em cima, thur. Meu Deus! – bak falou e jaya concordou.

— tá pior que a Clara! – jaya riu, enquanto via algo em seu celular.

Minha atenção que estava nos meninos, foram diretamente pro chão, quando escutei alguém descendo as escadas.
Troquei olhares rápidos com bak, que se endireitou no sofá, fingindo ver algo no celular de jaya.

— desculpa de verdade. – o garoto falou, me fazendo morder a bochecha. — prometo que isso não vai mais acontecer.

Acho que passou mil coisas na minha cabeça e tava sentindo o meu sangue ferver. Os dois sumiram, enquanto conversavam, deixando jaya e bak se encararem.

— irmão não sei não. – vt negou com a cabeça, me fazendo bufar.

— qual é jaya, me ajuda nessa irmão. – olhei pro moreno. — vai atrás dela, namoral.

— irmão, quem tem que fazer isso, é o irmão dela. – jaya arqueou as mãos pra cima.

— sai fora, Clara vai me chutar pra longe dela. Euem. – bak coçou a nuca.

— medroso. – jaya bateu de leve o seu cotovelo no braço de bak, que murmurou.

— tudo bem. –vt suspirou pesado. — eu converso com a mini Michele.

— te amo vt! – sorri largo.

Meu peito subia e descia por conta da ansiedade, do que Clara poderia ter feito com ele. Eu confio cegamente nela, mas fala sério. As vezes eu não me controlo, e por conta disso, que eu não quero ir lá e pressionar ela. Por que eu posso falar merda de mais.

— Clara! – vt chamou a garota, que me fez sair do meu transe. — a gente pode conversar um negócio dos jogos?

Não a olhei. Vt se levantou e eles saíram da sala, me fazendo levantar e ir pra cozinha.

Clara'
Lessa.

— por favor. – vt tirou seu braço que rodeava meus ombros e abriu a porta.

— você não quer falar nada de jogo, né? – ri anasalado, indo em direção ao sofá do ct.

— então...– ele coçou a nuca, vindo até mim.

— pode contar vt. Eu vou responder todas as perguntas que o Arthur fez pra você. – ri baixo, me aconchegando mais no sofá.

— qual é essa treta de vocês? – vt sentou do meu lado, me fazendo suspirar.

— ontem, bak entrou na sala dizendo que ele tava conversando com outra. – encarei as minhas unhas. — pra falar a verdade. Eu não acreditei no começo, por conta que o bak não parava de rir. Mas depois...

— ele tava conversando com outra?

— era a amiga dele. Eu fiquei chateada, fiquei brava, sei lá. Fiquei com um sentimento estranho. – cruzei os bracos.
— o que ele quer que você pergunte?
– o olhei.

— bom...ele ta puto, por que você se trancou no quarto com um cara, que ele nem conhece.

— meu amigo. – argumentei.

— que é um homem, e você namora. – ele desviou o olhar. — ele só quer saber...– ele parou por um momento. — nós queremos saber, se rolou algo.

— não! – falei incrédula. — não rolou nada. – desviei o olhar. — rolaria, se eu fosse uma desgraçada, mas não rolou.

— vocês quase se beijaram?

— eu me afastei. Eu namoro e eu amo o meu namorado. – levei minhas mãos pro bolso da minha blusa de frio cinza, e ele concordou com a cabeça. — olha, eu sei que ele tá puto. Mas eu não podia ficar com ele na sala com vocês. Ele tava conversando comigo, sobre um bagulho pessoal...e eu não trocaria amizade por namoro.

— você não trocaria? – vt me olhou rápido, arqueando uma sobrancelha.

— pera! Ele tem amizade que eu não gosto, e eu tenho a amizade que ele não gosta. – suspirei. — ele pode vir e me dizer: Clara, não to curtindo sua amizade com tal pessoa, o jeito dele ou dela com você. Eu me afastaria. Eu só queria dizer, que o "trocar amizade por conta de namoro" significa, eu não quero abandonar os meus amigos. Sabe? – ele concordou com a cabeça.

— só acho que se fosse ele trancado no quatro com uma amiga, você ficaria puta. – arqueei uma sobrancelha. — olha, eu sei que eu não devia tá me metendo no relacionamento de vocês dois. – concordei com a cabeça. — mas, pelo o menos na próxima, tenta deixar a porta aberta. – ele riu fraco, me fazendo rir.

— ta! Agora, não tem nada no time pra você me contar não? – arqueei uma sobrancelha. — tá tudo tão quieto.

— na verdade tem. – vt se aconchegou no sofá. — você vai ser quinto player. – abri a boca em choque. — a gente quer testar o jaya. Como bak tem o king is bak. Você provavelmente vai jogar , quando ele tiver que resolver os problemas dele.

— não aceito isso. – neguei com a cena. — tudo bem, eu dou minha vaga pro jaya. – me levantei do sofá, e ele riu.

— humilde. – concordei com a cabeça.

— vou subir! – fiz um hig five rápido com ele.

Mais algumas piadas e eu sai do ct, fechando a porta. Peguei o meu celular, lendo algumas mensagens que estavam na barra de notificação.

Subi as escadas e andei pelo o meu corredor. Entrei no meu quarto, colocando o meu celular pra carregar e me joguei na cama, encarando o meu teto.

(...)

— pra onde você vai, em? – Arthur perguntou, escorado na minha porta.

— vou sair Arthur. – me olhei no espelho.

— tá uma chuva do caramba lá fora mano. – ele suspirou pesado, me olhando sério.

Meu celular vibrou em cima da cama. O peguei vendo mensagem do Ryan.

"Whatsapp Ryanzin ❤️ : chegamo,
desce ae."

— tu tá me escutando? – peguei a minha bolsa, suspirando pesado.

— por que tu não vai atrás da menina que você tava conversando? – passei pelo garoto, entrando no corredor.

— tá maluca, Clara? Você que é a minha namorada. As mensagens não tinham nada de mais.  – cruzei os braços. — você vai sair com aquele cara?

— vou Arthur. Não só com eles, com meus outros amigos também.

— olha, quer saber. Faz o que tu quiser entendeu? Aproveita que você não tem nenhuma aliança no seu dedo. – o garoto saiu da minha porta, indo em direção ao seu quarto onde ele entrou e a porta foi batida com força.

Boa noite 🙏