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— mano, não fui eu que fiz a planilha, não cara. Os cara me mandou e eu só deixei salvo, pra mandar depois no grupo da noise. – ele deu de ombros. — os cara disse que a Clara tá escalada pra outro bagulho.

— que outro bagulho?

— palta da Clara é que ela vai gravar uns seis ou cinco vídeo pra loud.

— tá maluco vt? Como assim porra? Clara não é influencer não. Como ela foi gravar se a gente tem seis ou cinco Camp? – cruzei os braços, e olhei pra porta assim que ela abriu.

— eu já disse thur, eu não decidi nada mano. Eles só me passaram as coisas e eu fiz.

— vacilo isso. – jaya falou, me fazendo encarar o chão.

— que, que rolou? – bak perguntou indo pro sofá.

— sua irmã não vai jogar nenhum Camp com a gente. – virei minha cadeira, o olhando. — você sabia disso? – ele negou com a cabeça.

— ph me mandou mensagem, dizendo que ia fazer uma proposta pra ela. – ele cruzou os braços, e senti meu estômago embrulhar.

— que proposta? – jaya perguntou.

— ele não falou nada, assunto dele, da Clara e a da minha mãe. – bak deu de ombros.

— aposto que vão fazer uma proposta pra ela virar influencer. – suspirei pesado.
— e se for isso mesmo, ela não vai aceitar. – cruzei os braços.

— vocês já te vieram uma conversa dessa? – vt perguntou e eu concordei com a cabeça, sentindo meu coração apertar.

— Clara entrou pra seguir o irmão dela. Ela tá aqui a anos, lutando pra cacete contra não sei quantos haters. Essa merda de barreira de time, teve a ansiedade lá em cima por conta de renovação de contrato, não vai jogar a cpn que é um Camp importantíssimo pra ela, e agora ela não tá escalada pra nenhum jogo? Que merda é essa? Ela não tá mais no time?

— cacete...– bak murmurou.

— vou liga pro ph. – peguei meu celular, entrando em meu whatsapp.

Me levantei da minha cadeira, saindo do ct. Suspirei pesado andando para pare de trás da casa, entrando na área da piscina. Me sentei em uma das espreguiçadeira. Encarei o contato do ph e hesitando um pouco, eu liguei.

Chamando...

— atende, por favor. – sussurrei.

— fala meu jogador! – a voz animada do ph entrou em meus ouvidos. — tudo bem?

— na verdade não ph. – encarei o chão.

— o que rolou?

— por que a Clara não ta escalada pros camps?

— thur...

— não me enrola ph, só manda a papo logo. Vai que dói menos.

— é um assunto delicado agora...

— mas, não ja tava tudo certo? Clara ia continuar jogando. Os papéis não tavam assinados?

— tavam thur...mas a gente tem novos projetos. Talvez ela aceite ser influencer.

(...)

— você ainda tá acordada? – fechei a porta, vendo a garota embrulhada, enquanto mexia em seu celular.

— hurum.

— ainda tá com dor? – andei até a garota, tirando a minha blusa, jogando a mesma em cima da minha cadeira.

— não muita...vem cá. – ela estendeu a mão.

Ela deixou seu celular em cima da mesa de cabeceira, levantando o edredom. Deitei do lado garota passando meu braço em sua cintura a puxando mais pra perto.

— por que seu olho tá vermelho?

— nada...só coisas minhas. – desviei o olhar.

— quer conversar?

— ja passou...só presico de você, só você.

— eu te amo sabia? – ela deixou um selinho em meus lábios.

— eu também te amo. – sorri de lado.

Clara tirou minhas mãos de sua cintura, se levando um pouco, deixando selinhos em minha bochecha e lábios. A garota sentou em meu colo, me fazendo levar minha mãos para a sua cintura. Os cabelos pro lado, enquanto ela levava uma mecha de pra trás da orelha. Mantando seus olhos nos meus. Olhos nos olhos.

— eu te amo. pra cacete.

pra cacete. – ela repetiu.

(...)

1 semana depois

— pega o dinheiro, jogo na bitch. Deu na previsão, que hoje e chuva de uísque.

Era exatamente meio dia. Bak no volante, vt do seu lado e eu e Clara atrás, enquanto ela tomava o seu refri no copo do MC, e os dois na frente gritando.

— amor, pega o meu telefone baby, me liga se quiser...hoje tu vai base do universo, suas amigas vão conhecer meu qg.

— estranhos. – Clara murmurou me fazendo rir alto.

— ficou de quatro agora aguenta, vem empina a bunda, deixa eu te bater...

Olhei pra clara que arregalou os olhos com os meninos praticamente gritando no carro.

— pelo o amor de deus gente. – ela negou com a cabeça, me fazendo rir. — vou até fechar esse vídro, que vergonha.

— da espaço pro tico e teco ae. – vt se virou fitando eu e a Clara.

Tirei meu óculos botando no rosto da garota, que ficou em pé, segurando nos dois bancos da frente. Passei pro lado segurando a blusa da garota nas mãos, ela se sentou no meu colo, entregando seu copo pro vt.

Bak parou e vt saiu, e a porta foi aberta, entrando jaya e depois ligeirin.

— salve, salve, rapaziada. – jaya fez um high five comigo, enquanto Clara comprimentava ligeirin.

— salve, meu mano! – entendi minha mão pro garoto ao lado do jaya, fazendo um high five com ele.

— vambora, lancha! – bak comemorou quando vt entrou no carro.

— vambora, lancha! – bak comemorou quando vt entrou no carro

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até semana que vem 😔

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now