009

2K 139 13
                                    

— clara...

Abri os meus olhos devagar, e vi next. Ele parou de me balançar e eu fechei os meus olhos de novo.

— hum... – murmuro, entrando mais pra dentro do edredom.

— bak ligou. – next fez carinho na minha bochecha.

Abri os meus olhos e next sorriu.

— como ele tá? – me levantei devagar, me sentando na cama.

Olhei em volta e eu estava na cama de Arthur, no quarto de Arthur. Ontem eu tinha pegado no sono, óbvio.

— bak falou que ele deu uma piorada, quando ele parou de vomitar. Mais depois dormiu.

— então ele vai mesmo vir embora? – passei as mãos no rosto.

— hurum. Mas, se você quiser ir vê ele, a gente pode ir. Ele provavelmente não vai ser liberado agora.

— por que?

— ele tá dormindo desde de ontem.

— isso não é grave não? – olhei para as minhas mãos.

— é só um cansaço. Ele tá bem. – next sorriu sem mostrar os dentes. – se arruma que eu te levo. – eu concordei com a cabeça.

(...)

Sai do meu banheiro, já vestida adequadamente para o hospital.

Escolhi a minha calça xadrez e uma blusa marrom sem manga meio curta. Mas, como sei que talvez eu não entre com essa blusa. Peguei o moletom de Arthur.

Ou talvez, fosse só uma desculpa para mim usar pela última vez, alguma coisa dele.

Fui até a minha cama, colocando a minha meia marrom, que combinava com a minha calça. Peguei o meu chinelo slide e o calcei.

Fui até o meu espelho, e dei uma última olhada. Passei uma maquiagem básica, para esconder a cara de choro de ontem a noite.

Arrumei os meus cabelos soltos e peguei o meu celular. Sai do meu quarto e andei até às escadas o mais rápido possível.

Desci as escadas, vendo next na ponta, mexendo no celular.

— tia Valéria tá quase chegando em sp. – ele me olhou. — oxi, tá mó calor lá fora.

— no hospital tem ar condicionado. Ontem espirrei a noite toda. – falei a primeira coisa que veio na minha cabeça.

— ah...vamo então. – next guardou o celular e andamos juntos até a porta.

Ele abriu e andamos até o portão que estava aberto. Por que o pessoal da limpeza tava limpando o quintal.

Next destravou o carro e entramos. Meu celular estava 19%. E eu nem se quer fiz questão de responder as mil mensagens que estavam chegando pra mim.

(...)

— você tá bem? – next abriu a minha porta e eu concordei. — te tirei da cama, sem você ter comido nada.

— tá de boa. São onze da manhã next, eu como alguma coisa depois. Cê sabe que eu não sinto muita fome nesse horário.

— tem certeza? – eu concordei com a cabeça, e entramos no hospital.

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now