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Clara'
Lessa.

Arthur passou por mim, me dando um tapinha no ombro. Eu fiquei sem saber o que falar, enquanto os meninos tinham um sorriso de orelha a orelha.

— acho que vou tomar um banho. – tossi falso, e os meninos se entreolharam.

— desde de quando vocês voltaram? – vt cruzou os braços.

— mano, tempo tá ruim lá fora, né? Vou nessa, por que eu vou dormir. – sai aos poucos da cozinha, deixando os três confusos e animados.

— meus 50 reais Lessa! – Gabriel gritou da cozinha.

Suspirei aliviada. Eu não achei que a gente ia contar pros meninos, assim. Talvez ele estivesse com um pouco de ciúmes?

Estava chovendo muito forte, com alguns clarões no céu. E eu, como sou muito medrosa, resolvi tomar um banho agora, do que esperar um tempo, no caso, essa chuva passar. Acabou que eu passei o dia inteiro fora com o pessoal. E até que foi legal.

Entrei no meu quarto, tirando a minha sandália. Deixei minha bolsa em cima da cama e fui em direção ao meu guarda roupa, tirando de lá, um pijama. Um short preto larguinho e confortável, e uma blusa branca, totalmente lisa. Peguei algumas peças íntimas e fui em direção ao meu banheiro.

Eu era o tipo de pessoa que amava a chuva em alguns momentos, e achava lindo os raios e os trovões. Mas a bonita aqui, também era uma medrosa, que qualquer trovão ou trovoada, estava enrolada debaixo da coberta.

Tranquei a porta atrás de mim, e deixei as minhas coisas em cima da pia. Arrumei o meu cabelo em um coque frouxo, e decidi que não iria lavá-lo hoje.

(...)

— puta merda! – fechei os meus olhos com força, quando fez um barulhão lá fora.

Eu ainda estava de baixo do chuveiro, tinha acabado de fechá-lo, quando dunada fez um barulhão.

Sai do box me enrolando na toalha branca. Me sequei totalmente e vesti a minha roupa na velocidade da luz. Passei alguns produtos no meu corpo, e pendurei a toalha no meu box.

— jesus! – murmurei baixo, apagando a minha luz, quando o céu deu um clarão e apareceu na minha cortina.

Fui em direção a minha cama, a arrumando e me deitando nela. Fechei os meus olhos, na tentativa de dormir e acordar, só quando a tempestade tivesse acabado.

Mas, os barulhos lá fora estavam insuportáveis. Meu coração acelerou, e eu começei a suar. Meu olhos lacrimejaram, enquanto eu abraçava o edredom com força.

Mesmo sendo apaixonado por astronomia, eu tinha um probleminha. Astrofobia. Um medo insuportável por raios e trovões. e na maioria das vezes, quando eu vejo o tempo fechando, eu já começo a ter umas paranóias.

Eu dormia com Gabriel, quando acontecia essas tempestades. E pensando no meu irmão, lembrei que eu tinha um namorado.
Me levantei com cuidado, limpando algumas lágrimas que escorriam pela minha bochecha. Andei de vagar até a porta e a abri, saindo com cuidado.

— ia agora ver como você tá. – meu irmão falou vindo em minha direção. — vai pro quarto do thur? – concordei com a cabeça. — qualquer coisa, vai lá pro meu. – Gabriel deixou um beijo na minha bochecha e saiu pro seu quarto.

Fui em direção pro quarto do meu namorado, dei duas batidas na porta e nada. Dei mais duas e porta foi aberta, mostrando o meu namorado sem camisa, enquanto passava a mão nos cabelos úmidos.

— por que você ta chorand...ah, vem cá meu amor! – Arthur me deu espaço, e quando entrei no quarto, me envolveu em seus braços. — lembra que eu te disse, que não presica chorar? – Arthur me abraçou forte, sussurando.

— eu sei, mas é horrível. – funguei.

Arthur deixou um beijo na minha cabeça e fechou a porta, andando comigo até a sua cama, onde eu me deitei e o garoto se deitou do meu lado, me abraçando forte.

— tô com medo...– sussurrei, enquanto fechava os meus olhos com força.

— Não presica ficar, não vai acontecer
nada. – Arthur levou seu edredom até a minha cintura, beijando a minha bochecha.

Afundei meu rosto no peito do garoto, enquanto ele fazia cafuné em meus cabelos. As vezes os trovões eram assustadores, e quando eu me assustava com alguns, Arthur apertava o abraço e sussurrava algumas vezes.

— daqui a pouco passa, tá bom? – ele sussurrou, me fazendo concordar com a cabeça.

(...)

Abri os meus olhos lentamentes. Vi as costas de Arthur, e um barulho vindo provavelmente do celular do garoto.
Abracei as costas dele, fazendo o mesmo da um pequena olhada para trás e voltar a olhar o seu celular.

— quer descer pra comer alguma coisa?

— eu tô sem fome. – passei as unhas nas costas do garoto.

— remédio pra dor de cabeça? – Arthur deixou seu celular no armáriozinho, e se virou, olhando em meu olhos. — tá melhor?

— hurum. – olhei pra correntinha do garoto, ele sorriu. — já passou? – ele concordou com a cabeça. — tenho que abrir live hoje.

— abre manhã. – Arthur deu de ombros.

— oh Arthur, eu não sou você não meu amor! Que abre live a cada um ano. – olhei pro garoto, que revirou os olhos.

— mentira, que eu abro live pros meus fãs queridos, todos os dias.

— você abre live só quando tá sem dinheiro, e ainda fica mendigando membro. – Arthur riu alto, me fazendo rir.
— não sou você, sabia? – deixei minha perna em cima da cintura do garoto.

— sabia que eu te amo? – Arthur passou a mão na minha coxa de leve.

— eu sei que você me ama. – dei de ombros.

— como foi o shopping?

— de boa. Um dos meu amigos me chamou pra ir em um jogo deles. – segurei a correntinha do garoto.

— você vai?

— depende do dia. Mas se você quiser eu fico com você aqui. – deixei um selinho em seus lábios.

— irei agradecer! – Arthur beijou a minha bochecha, descendo pro meu pescoço.

— irei agradecer! – Arthur beijou a minha bochecha, descendo pro meu pescoço

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Domingão sem ânimo, pq amanhã
tem aula 😕

Boa noite 🙏

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now