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- não,não! - ela cruzou os braços.
- nem tá mais doendo. - Clara mordeu seu beiço de baixo.

- para amor, vamo sim!

- eu sinto ele, ele não tá quebrado. Não tem o por que de ir pro hospital. - Clara insistiu, jogando a cabeça pra trás.

Meu celular começou a tocar e eu me dei conta do jogo. Peguei os meus fones, o colocado novamente. Clara tentou tira sua perna devagar do meu colo, Mas eu a impedi, segurando forte, o que fez ela murmurar baixinho.

- fica quieta. - toquei seu pé com cuidado, vendo a garota levar as mãos pra sua boca.

- da go logo cara! - jaya falou.

- foi mal mano, nem vai dá pra jogar. Aconteceu um bagulho aqui.

- Jae. - ouvi nobru falar, e sem demora, sai da call. - a gente vai. - desliguei o meu pc.

- eu tô bem, eu juro. - a garota limpou suas bochechas.

- eu não me importo com o que você fala Clara. você vai e vai ver o que aconteceu.

- ma...

- cala a boca, por que eu sou seu namorado e mais velho que você.

- você não manda em mim. - ela virou o rosto.

- ta bom querida. Fica com o pé doendo aí a noite toda. - cruzei os braços, arqueando uma sobrancelha.

- para de me tratar assim cara. - Clara enxugou as lágrimas, me fazendo rir.
- você nem é o Arthur que eu conheço. Só fica me humilhando e rindo.

- eu tô não te humilhando amor.

- tá sim! - ela soluçou, me fazendo negar com a cabeça.

- olha. Vamo no hospital. Se não for nada, que não vai ser, por que você ta sentindo o seu pé e consegue mexer ele. Ele só vai passar um remédio de dor e vai ver o que aconteceu. Tá bom? - ela concordou com a cabeça. - vem. - tirei com cuidado o pé da garota de cima do meu colo.

Passei seu braço em volta do meu pescoço, segurando firme sua cintura. Fui direto pro meu quarto, onde deixei Clara na minha cama e fui até o meu guarda roupa, pegando um moletom pra garota.

- meu braço tá doendo. - sua voz saiu baixa.

- você machucou ele também? - ela concordou com a cabeça. - deixa eu ver.

Clara virou o seu cotovelo que estava roxo.

- bati na sua pia de mármore, e foi quando eu me desequilíbrei donada e escorreguei na água no chão.

- vai ficar tudo bem, rlexa. - passei meu moletom pela a sua cabeça, e depois no seu braço.

- você acha que o médico vai mandar eu ficar de repouso?

- com toda a certeza.

- se eu ficar de repouso, então eu não vou poder ir pra festa da sara?

- relaxa. Não vai dar nada no seu pé, e se derem repouso, você é que nem pipoca também. - dei de ombros.

- sua cachorra?

- não?! - a olhei incrédula. - quero dizer que você não para e fica pulando, saca?

- hurum. - ela coçou os olhos olhando pro chão.

- olha, vem, vamo descer e a gente pede pra minha mãe levar você e eu pro hospital. - segurei a mão da garota.

Ajudei Clara a se levantar, saindo do meu quarto. Descemos os degrais que nem tartaruga e com ela dizendo que doía. Mas eu não podia fazer nada.

- o que aconteceu? - minha mãe apareceu no pé da escada.

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now