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Desci as escadas em passos fundos. Andei até a porta principal e sai pôr ela. Vedo que estava caindo uma chuva forte. Corri pro portão, o destrancando. O carro preto do pai do Mateus, estava estacionado em frente ao portão, a porta de trás foi aberta e não demorou muito, pra mim correr até ela e entrar rápido.

- olá, olá! - Ryan sorriu algo.

- olá Ryan, boa noite! - sorri, fechando a porta. - oiê maluzinha, amor da minha vida toda! - abracei a garota forte.

- não rouba a minha namorada. - Ryan me olhou com os braços cruzados, e Matheus deu partida.

- nunca! - mandei língua. - sua mãe já tirou da cabeça, que eu não sou uma ameaça pra você? - soltei a garota a olhando.

- sim! - ela bateu palminhas animada.

- aí meu Deus! - sorri animada. - que bom! - suspirei aliviada. - e oi também Mateus! - bati em seu ombro.

O garoto que parecia estar no mudo da nuvens, ele sorriu, fazendo Malu revirar os olhos.

- esse aí, só ta a depressão. - Malu negou com a cabeça.

- tudo isso, por conta da Jurandir, não é possível. - Ryan negou com a cabeça. - já disse. Ela é metida de mais pra você! Ela é uma metidinha, filhinha de papai.

- obrigado por jogar na minha cara! - ele revirou os olhos, me fazendo negar com a cabeça.

Ficamos em um completo silêncio e Matheus continuou dirigindo. As vezes meus olhos iam para o céu, que davam os clarões por conta da tempestade que estava tomando o céu. O que me deixou nervosa.

Passei minhas mãos em minha coxa e logo vi Matheus passando pela portaria. Malu cantalorava alguma coisa e vi Ryan pegar o seu celular.

- ei, não acha melhor não mexer nisso agora? - mordi o lábio nervosa.

- mas...- ele se virou me olhando. - fica tranquila, Clara. - ele sorriu de lado.

- mas...e se por acaso, puxar eletricidade?

- relaxa Clara. Estamos em São Paulo. Tudo isso aí. - apontou com a cabeça, prós prédios. - tudo eletricidade. - ele deu de ombros e eu concordei com a cabeça.

Meu peito subia e descia, e quando o som de um trovão saiu do céu, eu tapei os meus ouvidos rápidos, fazendo Malu acariciar a minha coxa.

Thor? O que a de errado com você?!

- vamo de uma música? - Ryan riu sem graça, mexendo no rádio do carro.

Encostei minha cabeça no ombro da sua namorada e entrelacei as nossas mãos. Eu tentei ao máximo lidar com o meu medo, mesmo isso sendo a coisa mais difícil do mundo. Pra mim!

- tá tudo bem. - Malu sussurrou, me fazendo concordar com a cabeça.

Lágrimas do baco invadiu o carro me fazendo fechar os olhos.

- beleza são coisas, acesas por dentro...- Malu cantalorou baixo.

- eu sei, tudo que eu tenho fazer...mas me sinto o inseguro não sei bem o por que...-cantalorei baixinho.

- eu gosto de rir, quando você sorri. Eu gosto de quando...você me faz dançar. - Ryan cantou alto, me fazendo rir anasalado.

- de cara fechada...pro mundo, nunca pra ti. - Malu apertou o aperto em nossas mãos.

dei-lhe a um sorriso amigável e reconfortante. Malu sempre foi minha amiga. Mesmo que brigamos as vezes, nossa amizade sempre volta ao normal.
Ela sempre me deu total apoio em tudo e eu a ela, e sinceramente, não em vejo sem ela.

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now