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Clara'
Lessa.

Depois de conversar com a minha sogra, subimos. Era pôr volta das sete horas. Meus olhos estavam pregando de sono. Abri a porta do quarto do garoto, e acendi a luz, vendo a minha mochila em cima da sua cama.

Arthur entrou e deixou a minha mala perto da porta e sua mochila no chão.

— acho que eu vou tomar um banho. – fechei a porta, passando a chave.

— não,não. – ele negou com a cabeça rápido. — a gente dorme e depois toma banho, acabou. – ele deu de ombros.

Concordei com a cabeça e me sentei em sua cama, tirando o tênis. Tirei o meu moletom e Arthur fez o mesmo que eu. Deixei a minha mochila no chão, e enquanto desarrumada a cama, ele ligava o ar.

— você não devia dormir agora. – me arrumei entre o edredom pesado.

— por que? – Arthur apagou a luz, e andou em minha direção.

— por que você vai acordar seis da manhã. Você não vai querer acordar.

— nada a aver amor! – Arthur se deitou, e não demorou muito pra mim deitar também.

— o next te entregou algum papel pra você me entregar?

— não, por que? – ele arqueou uma sobrancelha confuso.

— nada não. – suspirei.

Arthur me abraçou, deixei meu rosto em seu peito, e deixei minha perna em cima da sua cintura. Sentindo o cafuné do garoto.

(...)

— cadê o seu namoradinho? – meu cunhado apertou as minhas bochechas, me fazendo bufar.

— o filhinho favorito tá dormindo. – fiz lingua, e ele mandou dedo. — você viu isso sogra? – fingi choro e ele abriu a boca em choque.

— João! Não faz isso com ela. – minha sogra deixou o pano de prato no seu ombro, me fazendo rir.

— sabia que o seu namorado tá colocando ideias tortas na cabeça da minha mãe? – ele cruzou os braços.

— ela não é só sua mãe. – meu namorado entrou na cozinha coçando os olhos.

— e as ideias não são tortas. – minha sogra acrescentou.

— quando ele tenta tirar a mesa de ping pong, pra colocar a de sinuca, é sim uma Idea torta. – ele deu de ombros.

— eu escolho, não ele! – minha sogra o olhou, enquanto Arthur via até mim.

— conseguiu dormir bem? – afastei os fios de cabelos úmidos, de sua testa.

Meu cunhado e minha sogra ficaram discutindo, pra dizer quem tá errado ou certo.

— hurum.

— que foi?

— não quero ir pra escola. – ele suspirou.

— relaxa. Sua mãe me contou que suas provas vão acabar rápido. E você vai poder voltar a estudar no seu Pc. – ele revirou os olhos.

— e você? Ta bem? – suas mãos foram para a minha cintura.

— tô, por que? – deixei meu copo de suco no balcão atrás de mim.

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now