010

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Arthur'
Fernandes.

Depois de vomitar ontem não sei o que, até por que, eu não comi quase nada, eu simplesmente apaguei.

Bak falou que ia ligar pra minha mãe, e como sei, como a dona Valéria é, concerteza a essa hora já deve tá chegando em São Paulo.

Acordei, e acordei com a melhor vista do mundo. Era errado dizer que quando ela terminou eu fiquei feliz?

Quando era entrou na sala chorando pra caramba, meu peito apertou. Um flashback voltou em Copacabana.

Mais quando ela disse que tinha perdido o namorado dela. Sinceramente, soltei fogos.

- ah sim. - ri baixo, tentando acreditar na mentira que ela tinha acabado de inventar.- cadê o bak? - procurei Gabriel com os olhos, mais nada.

- ele foi comprar comida pra ele e pra mim, junto com o next. - ela desviou o olhar.

- que horas? - encarei o teto.

- onze e quinze.

- não comeu nada?

- não...não sinto fome nesse horário.

- hum...- olhei pra garota. - conheço esse moletom. - ela me olhou com a mão na testa.

- desculpa...ontem a noite eles não iam me deixar entrar e eu tive que pegar ele. - ela olhou pras mãos.

- entendi...- soltei um riso anasalado, levantei um pouco, sentindo minha cabeça girar. - cacete. - coloquei minha mão na cabeça, sentindo uma pontada.

- não levanta assim cara! - ela me olhou rápido. - deixa eu arrumar isso aqui. - ela arrumou o travesseiro atrás de mim. - pronto.

Encostei minhas costas no travesseiro e olhei para minha mão esquerda. Por que furaram minha mão?

- acho que perderam a minha veia
ontem. - ri sem ânimo.

- não sei como. Você praticamente é mais branco que tudo. - dei de ombros.

- cala boca cara! - acabei rindo pelo o tom de voz da garota. - posso te pedir uma coisa? - ela concordou com a cabeça.

Abri os meus braços e ela me olhou confusa, mais percebeu e me abraçou forte.

- puta que pariu...eu senti tanta falta desse abraço. - murmurei baixo, a fazendo rir um pouco.

- você quase me matou de susto. - ela falou baixo, quase em um sussurro.

- eu sei que você ainda se importa comigo...e eu também me importo com você! - acariciei suas costas.

Clara'
Lessa.

Ouvir essas coisas fizeram meu coração acelerar, meu peito apertou e o soltei com cuidado.

- sabia que você vai ser liberado hoje? - mudei de assunto.

Ele revirou os olhos e riu.

- por que tá mudando de assunto?

- por que eu não quero manter essa conversa com você, nesse estado no hospital. - cruzei os braços.

Olhos Nos Olhos Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ