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Clara'
Fernandes

Ontem Arthur me deixou em cativeiro. Não deixou eu sair do quarto de jeito nenhum. Pelo o menos me levou comida.

— irmão, segura isso ae. – Arthur falou entre risos, enquanto estava em cima da escola de ferro.

— tô segurando, relaxa. – Gabriel sorriu malicioso, enquanto mexia um pouco a escada.

Bak estava com Arthur trocando a lâmpada de fora que eles tinham quebrado, enquanto eu e next só observava com nossas xícaras de café.

— você acha que o thur cai? – next perguntou, enquanto mexia a sua xícara.

— acho que o thur vai amarelar, e o bak vai querer subir e ele vai cair.

— concordo. – concordei com a cabeça, estendendo a minha mão, pro garoto apertar.

— 20 no pix? – ele me olhou com um sorriso, me fazendo concordar.

— parem de apostar quem vai cair primeiro. – Gabriel soltou a escada, cruzando os braços.

— cacete Gabriel, segura essa merda aí. – meu namorado gritou, me fazendo rir.

Neguei com a cabeça e entrei para dentro de casa. Peguei meu celular em minha cintura, vendo que tinha várias mensagens de malu e outras pessoas.

(...)

— não acredito que você tá me trocado pela sua amiguinha. – Arthur cruzou os braços, me fazendo revirar os olhos.

— amor, presta atenção. Eu não tô te trocando. Eu tô indo estudar, pra minha prova. – me olhei no espelho, passando os meus olhos pôr todo o meu vestido branco florido.

— oxi, eu te ajudo a estudar. – olhei pro garoto, que estava sentado em minha cama.

— Arthur! Você nem é da mesma sala que eu, muito menos da mesma escola. – meus olhos foram pro meu reflexo novamente.

— isso se chama, abandono. Você aceitaria que eu te deixasse em casa, e saísse pra ir pra casa do meu amigo?

— mas eu vou estudar! – o olhei cruzando os braços.

— edai? Tá me deixando aqui. Com o next, que fica o dia inteiro conversando com a mina dele e o bak, que só fala de festa. Não sei como você ainda não me bateu.

— eu prometo, que vou voltar cedo. – andei até o garoto.

— vai mesmo? – concordei com a cabeça fazendo o garoto suspirar, segurando em minha cintura. — se tu demorar, eu vou bolar com você. – ri baixo, fazendo ele revirar os olhos. — tô falando sério clara. São duas horas da tarde. Você tem que tá aqui, por volta das quatro horas. Impossível, que você não acabou de estudar até lá.

— tá bom. Tá bom. – deixei um selinho rápido em seus lábios. — eu prometo que vou voltar.

Meu celular começou a tocar em cima da cama, o que fez Arthur murmurar e revirar os olhos, me fazendo rir.

(...)

— finalmente. Amém. – Malu sorriu de orelha a orelha, me abraçando forte.

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now