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— por favor, alguém pode pegar aqui? – coloquei minhas luvas e jaya veio até mim.

Tirei a primeira, deixando em cima do balcão e vi o garoto trazer a outra, colocando lado a lado.

— e agora? – ele perguntou, enquanto tirava as suas luvas e eu as minhas.

— agora, vocês tiram. – dei de ombros. — boa sorte. – dei duas batidinhas nas suas costas.

Sai da cozinha pegando o meu celular na minha cintura. li algumas mensagens que estavam na barra de notificação, e as apaguei. Entrei na sala me deitando de bruços. Peguei meu fones que estavam encima do braço do sofá, os colando.

"Whatsapp Maluzita🤕❤️: tenho uma coisa pra te contar, me ligaa"

Arqueei uma sobrancelha e cliquei em sua mensagem sem hesitar. Cliquei no ícone de ligação ao lado do seu nome salvo, e esperei a garota atender.

— me conta. – peguei a almofada do meu lado, colocando de baixo do meu peito.

— fui pedida em namoro!!! – ele gritou do outro lado, me fazendo murmurar, abaixando o meu volume.

— finalmente! – ri nasalado. — pode me agradecer.

— te agradeçer?

— eu que disse pro Ryan que cê tava apaixonada nele. – dei de ombros, olhando minhas unhas.

— você não me contou isso.

— desculpa...mas precisava dar um empurrãozinho também. Você olhando ele com olhos brigando ou quando ficava vermelha de raiva, quando ele comprimentava as amiguinhas dele. Não ia adiantar de nada. – ela coçou a garganta.

— obrigada...de verdade.

— que isso, imagina...depois manda um pix de 20 reais lá. – ela riu do outro lado me fazendo rir. — conta como foi aí.

— minha mãe ficou comigo fazendo hora no shopping. A hora de ir embora, nós fomos normalmente, mas chegando no prédio, ela parou pra conversar com aquela véia insuportável.

— odeio ela. – fiz cara de nojo.

— odiamos ela. Bom, depois disso, a minha mãe cortou o papo dela, dizendo que iria embora, por que não confiava no meu irmão em casa sozinho.

— ninguém confia no seu irmão.

— vou ficar quieta, pai! – ela falou me fazendo rir. — chegando na minha porta, ela abriu e eu entrei na frente. Ryan tava com um buquê de rosas azuis, no meio da minha sala..senhor, eu vivi isso. – ela berrou do outro lado, me fazendo rir.

Derrepente, senti duas mãos puxarem meus pés, me fazendo descer um pouco no sofá. Olhei pra pessoa rápido e vi meu namorado, que cruzou os braços.

— clara?

— oi, meu amor. Foi só uma pessoa insuportável, me enchendo o saco, aqui. – senti Arthur me dar um tapa na cabeça. — felicidades pra vocês!

— valeu gatinha, eu te amo!

— eu também te amo, agora presico ir. Tem gente que não vive sem mim. – ela riu do outro lado e concordou. — presico te contar uma coisa depois, puta merda! – falei rápido assim que lembrei de Mateus.

— meus deus!

— eu vou te contar isso, nossa como você vai xingar a pessoa, tipo, muito!

— algo pesado? Tem aver com alguém do nosso grupo de amigos?

— sim! Pra mim foi, por que nunca imaginei que essa pessoa faria isso.

— tá bom...você presica me contar, isso!

Olhos Nos Olhos Where stories live. Discover now