VII; you shouldn't do it.

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TaeHyung respirou fundo ao olhar seu reflexo no espelho, o frio na barriga era inegável. Seu dia de ser leiloado finalmente havia chegado e o adolescente se encontrava numa confusão de sentimentos e emoções de outro mundo; era nervosismo, ansiedade, receio e vontade. Ele queria, queria que fosse uma das melhores experiencias de sua vida, mas sabia que também haviam possibilidades de ser a pior. Felizmente como submisso, ele podia impor seus limites e regras, mas precisava de uma safeword a tempo, ou o outro não pararia; mas ao mesmo tempo que Kim torcia para ter que usar a safeword, ele também torcia para que a mesma não fosse necessária. A ideia de ser mobilizado e agredido durante o sexo lhe excitava, mas ainda sim, não sabia quais eram seus limites, não sabia até onde aguentaria. TaeHyung estava num estado que pensar em "não aguentar" lhe excitava, porque o garoto queria sim ser fodido até não ter mais forças.

Porém não admitiria nem se o pagassem.

TaeHyung gostava dos tons escuros tanto quanto os pastéis, mas como na primeira vez que visitou o munch estava de preto, decidiu optar por cores escuras mais uma vez. O garoto usava uma saia xadrez em preto e vermelho, de cintura alta, que tinha um short por baixo. Na verdade, era um short por trás, mas na frente havia esse pedaço de tecido, como uma "meia" saia. Na parte de cima, usava uma blusa de mangas compridas na cor preta e de gola alta, ressaltando o físico magro do loiro. Na parte de baixo, usava meia calça arrastão, com um coturno também na cor preta; Kim estava pensando seriamente em tirar a roupa e mudar tudo, pois não se sentia preparado para sair de saia em público, mas a contar que todos os submissos usavam saias ou vestidos, ele ganhou um incentivo.

- Não, não. - murmurou para si mesmo, dando meia volta para se trocar, porém era tarde.

Namjoon mandou uma mensagem dizendo que já estava esperando Kim na porta.

O garoto respirou fundo, colocou a máscara e após isso suspirou, pegando suas chaves e celular e enfiando numa bolsa de mão. Desceu as escadas devagar e deixou um bilhete, já que sua mãe estava adormecida no sofá da sala; ela já sabia que Tae iria sair, mas vai que a mulher acorda confusa e acha que ele fugiu. Nunca se sabe.

Kim então deixou sua casa e logo avistou o carro de Namjoon, porém como avistou alguém no banco da frente, TaeHyung virou os calcanhares e foi para o banco de trás. Ao entrar no veículo, pôde ver ao lado de Namjoon um rapaz alto e bonito, este tinha os cabelos tingidos de preto e parecia ter a mesma idade do de cabelos arroxeados; o desconhecido usava uma camisa de botões brancas, perfeitamente ajeitada com um suéter cor-de-rosa por cima, que se encaixava perfeitamente com a calça jeans extremamente justa que este usava; e então TaeHyung percebeu que ele usava uma coleira.

- Hey, Kim. Esse é o Seokjin, meu submisso. - o homem apresentou, o de cabelos negros virou com um sorriso gentil em sua face. Ele era extremamente bonito, ao nível de modelos de revista, Seokjin era quase um Deus, se encaixando em todos os padrões de beleza.

- Prazer, não fomos apresentados antes, eu estava viajando. - o rapaz disse, mantendo seu sorriso.

- Prazer, sou o Kim. - o garoto repetiu o que o outro dissera. Então depois de apresentados, Namjoon ligou o carro e deu partida.

A viagem até o munch foi com o carro preenchido de conversas paralelas, boa parte delas entre Seokjin e Namjoon, Kim apenas observava a boa química do casal. Eles riam e brincavam, Namjoon manteve por todo o caminho sua mão na coxa de Seokjin, o moreno acariciava esta, brincando com os anéis de Nam. TaeHyung geralmente ficaria triste por estar de vela, mas aqueles dois eram tão bonitos juntos que o garoto não se importou em observá-los, se perguntando quando acharia alguém que se encaixasse tão perfeitamente em si, daquela forma.

Ao chegarem no munch, nada foi fora do normal. Seguiram até a mesa onde estava Lalisa e Jisoo, ao lado de Seungcheol e Jeonghan; deram as boas vindas de volta a Seokjin e começaram a beber e conversar, TaeHyung até entraria no assunto se não estivesse ocupado demais analisando cada centímetro daquele salão a procura de Jeongguk. Uma parte de si dizia que não, ele não estava ali e a primeira vez foi pura coincidência, talvez ele estivesse apenas passando por lá e decidiu ver o que era, entrar para beber alguma coisa; mas a outra parte de TaeHyung sentia que Jeongguk estava ali, chegava a ser um tanto estranho e obsessivo. De qualquer forma o garoto respirou fundo, esvaziando sua mente de tais pensamentos pois era seu grande dia; ficou ainda mais nervoso quando os leilões começaram. Naquele dia os lances eram ainda mais altos, um dos submissos foi comprado por quinhentos mil wons, TaeHyung estava de queixo caído, mas ao mesmo tempo estava feliz, significava que conseguiria um bom dinheiro; a parte complicada seria dizer para sua mãe onde ele conseguiu tanto dinheiro.

Domınαted.Where stories live. Discover now