LIII; start.

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Eram onze horas da noite e Jeongguk já não tinha um pingo de sanidade mental, tudo isso por conta das dezenas provocações de TaeHyung.

Depois do dirtytalk em público enquanto TaeHyung o provocava sob a mesa, eles comeram e cada garfada de Kim durava séculos propositalmente, ele deslizava os lábios no garfo devagar, deslizava a língua nos lábios devagar, tomava do champanhe devagar e ainda limpava o canto da boca. Balançava a taça esbanjando luxo e luxúria, seu olhar pela primeira vez era superior ao invés de inferior, ele estava dominando, não sendo dominado. Por mais que Jeongguk não gostasse da área de submissão para si, ele estava ocupado demais se excitando com aquele filho da puta.

TaeHyung o pagaria caro.

Quando a conta chegou, Jeongguk suspirou tão aliviado que cinco quilos de peso pareciam ter saído de suas costas. Ele pagou depressa, mas não queria demonstrar sua afobação para TaeHyung, ou ele se consideraria vencedor daquele jogo. Jeongguk assinou o papel com calma quando fora trazido de volta com seu cartão, o guardou devagar no bolso e TaeHyung logo sabia que ele estava também jogando. Quem aguentaria mais afinal?

Os dois se levantaram casualmente e TaeHyung enrolou seu braço no de Jeongguk, o homem acenou para a atendente que os guiara até a mesa e após isso estavam na porta. Jeongguk pediu o táxi e enfiou o celular de volta no bolso, se virando para TaeHyung que sorria docilmente. Quase inocente.

Aquele maldito olhar ainda conseguia ser inocente, mesmo quando ele já havia pecado tantas vezes.

Jeongguk se aproximou e cheirou o pescoço de Kim, sentindo sua doce fragrância. Deixou um, dois, três, mais beijos molhados por ali apenas para provocar, notou que o garoto se arrepiou e acabou suspirando, porque por mais que ele tentasse resistir, seu corpo seguia outro caminho. TaeHyung pertencia a Jeongguk, seu corpo era dele, sempre que Jeongguk o tocava, TaeHyung respondia sem cerimônias. Mesmo que fosse contra sua vontade, mesmo que estivesse a todo custo tentando se segurar, seus instintos sempre eram a voz predominante.

Não disseram uma palavra, Jeongguk continuou beijando a pele de Kim que se mantinha parado. Tão dominador, mas tão submisso.

TaeHyung era uma bagunça, a mais perfeita de todos. Era teimoso e ninguém tirava as coisas que ele colocava na cabeça, era um menino destemido — sempre foi, embora não soubesse — não desistia fácil do que queria, se pra ele estava certo, era porque era certo. Ele estava amadurecendo, estava crescendo por dentro e por fora, era como uma flor desabrochando. Quando TaeHyung queria provocar ele provocava e levava embora todo o juízo de Jeongguk, ele conseguia usar seus charmes ao seu favor, mas quando Jeongguk chegava perto, quando Jeon Jeongguk o tocava, ele abaixava a guarda e se entregava.

Ele tinha o equilíbrio perfeito.

Quem era Jeongguk para discutir sobre? Ele também estava de certa forma entregue para TaeHyung. Ele dominava mas estava de corpo, alma, e coração entregues ao menino ruivinho de personalidade forte, lábios quentes e corpo sensível.

Jeongguk dedilhou a cintura de TaeHyung e quando estava com as mãos prestes a chegar em sua bunda, o táxi buzinou. Eles se afastaram parcialmente e Jeongguk encarou TaeHyung com aquela expressão séria de bagunçar a cabeça de qualquer um; eles entraram no veículo, Jeongguk tirou notas altas do bolso e entregou para o motorista que ficou um tanto confuso.

— Queremos um pouco de privacidade, caso não se importe. — Jeongguk balançou o bolo de dinheiro, o motorista ergueu uma sobrancelha e assentiu, pegando o dinheiro e apertando um botão que fez uma divisória subir entre ele e os bancos de trás.

A voz de Jeongguk estava rouca e pesada de tesão.

Quando estavam finalmente privados, Jeongguk voltou seu trabalho no pescoço de TaeHyung, agora mordendo com força e arrancando gemidos de seu menino. TaeHyung sentia seu corpo em chamas e querendo ficar mais perto, deixou uma de suas pernas sobre a de Jeongguk, naquela posição sua ereção encostava na lateral do corpo do mais novo, pelo menos algum tipo de agrado ele teria ali, pois quase nunca se tocava durante as relações; nunca precisou, na verdade. Jeongguk lhe proporcionava o prazer extremo.

Domınαted.Where stories live. Discover now