LVIII; we're broken.

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aeHyung se debateu, ainda tentando sair do aperto daquele desconhecido nojento que o segurava, até que alguém o puxou de si. Tudo aconteceu num flash, quando TaeHyung se deu conta, havia alguém desferindo socos no garoto que acabara de lhe atacar, só então ele percebeu que era Suho.

Antes que pudesse dizer algo, Seungkwan apareceu com Vernon, Dino e Eunha, todos imediatamente indo para cima de TaeHyung perguntando se ele estava bem mas não, ele não estava. Ele se sentia sujo, jamais fora assediado de tal forma, nem mesmo depois de ter se tornado uma figura pública.

— Eu quero ir pra casa. — foi tudo o que conseguiu dizer, se encolhendo no moletom largo que usava.

Ele só queria sua casa, só queria estar com Jeongguk. Só queria esquecer aquele garoto nojento, TaeHyung preferia ter ficado em casa, esperando Jeongguk enquanto assistia pela milésima vez algum de seus filmes favoritos.

Eles voltaram para dentro da fraternidade e TaeHyung ficou sentado esperando que Seungkwan chamasse um taxi, ele não queria que Jeongguk mandasse um chofer ou ele próprio viesse buscar, TaeHyung havia se metido naquilo tudo sozinho e teria de sair dali sozinho também, estava arrependido e nem sabia o que dizer para Jeongguk, o homem provavelmente estaria preocupado e quando soubesse onde TaeHyung estava, ficaria bravo, chateado.

E TaeHyung merecia.

— Não tem nenhum táxi a essas horas. — Seungkwan suspirou frustrado, voltando para perto de TaeHyung que estava sentado no balcão.

— Tudo bem, eu tô indo pra casa e meu irmão vem me buscar, você passa seu endereço e vamos juntos. — Eunha sugeriu, pousando o copo vazio na bancada. Ela havia bebido somente refrigerante a noite toda. — Tudo bem pra você?

— Tudo sim. — TaeHyung se colocou de pé, qualquer coisa valia. Chamar Jeongguk não era uma opção, ou ele iria com Eunha ou iria a pé.

Como dito pela garota, seu irmão mais velho logo apareceu; Seungkwan se despediu de TaeHyung pedindo para que ele descansasse bem, mas sua mente estava conturbada demais para que ele pudesse pensar em descansar. Quando entrou no carro e passou o endereço, sua mente voltou-se para Jeongguk, o garoto tentava ensaiar o que diria para ele; mentir não era uma opção também. Ele teria de dizer a verdade mesmo que fosse difícil, ele tinha que se manter acordado.

Mas TaeHyung estava tão bêbado, que nem sua mente agitada o manteve acordado, visto que dormiu no caminho para casa.

[ ... ]

Quando acordou no dia seguinte, a ressaca lhe atingiu como um soco assim que abriu os olhos. Todo o seu corpo parecia estar com o dobro do peso, sua cabeça com o triplo. Ele sentiu-se enjoado assim que se sentou na cama, porém logo percebeu que não estava com a mesma roupa. Não cheirava a bebida, estava cheirando a lavanda, Jeongguk provavelmente lhe dera banho assim que chegou ontem desmaiado.

Jeongguk.

TaeHyung começou a se perguntar o que aconteceu quando chegou, se Eunha havia dito alguma coisa, mas ele com certeza havia percebido. TaeHyung voltou cheirando a álcool, quatro horas da manhã, aquilo era vergonhoso e ele sentiu que deu um desgosto enorme para Jeongguk. Teria de enfrentar as consequências, então assim que conseguiu forças para ficar de pé, caminhou até as escadas. Descendo-as devagar, já pôde ouvir a voz de seu amado, geralmente isso lhe acalmava, mas naquele momento, deixou TaeHyung tão nervoso que sentia suas mãos suarem.

Desceu a escada devagar e respirou fundo quando avistou Jeongguk, como de costume vestindo uma calça de moletom e sem camisa enquanto fazia o café e falava no telefone. TaeHyung estava com vergonha, muita vergonha de si mesmo e de suas atitudes, ele estava arrependido, deveria ter ficado em casa, era só nisso que conseguia pensar. Quando finalmente chegou na cozinha, Jeongguk estava de costas e parecia não ter notado sua presença, TaeHyung puxou a cadeira devagar e se sentou enquanto esperava o outro desligar o telefone.

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